Uma infecção sexualmente transmissível, que era comum na era vitoriana e estava prestes a ser erradicada nos anos 2000, está voltando com força na Austrália, especialmente entre mulheres em idade fértil, de acordo com o The Daily Mail.
De acordo com dados oficiais do governo australiano, os casos de sífilis em mulheres aumentaram 5% em apenas um ano e 20% nos últimos cinco anos.
Esta doença bacteriana é transmitida principalmente por contato sexual oral, vaginal ou anal, embora também possa ser transmitida durante a gravidez, representando um risco crítico para os bebês em gestação. Se não for detectado nos estágios iniciais, pode causar abortos espontâneos ou natimortos, pois é possível que o feto seja infectado no útero.
O Royal Australian College of General Practitioners informou que 8.928 casos de sífilis foram registrados no país em 2024, um número muito superior aos 3.881 casos de dez anos atrás e aos 1.962 relatados em 2004. Além disso, os casos antes se concentravam em regiões remotas do norte do país, mas agora são detectados principalmente em grandes cidades como Sydney e Melbourne.
A doença silenciosa
A sífilis é conhecida como uma doença silenciosa porque pode não apresentar sintomas por anos. Quando aparecem, geralmente o fazem entre 10 e 90 dias após a infecção. Sem tratamento, pode levar a complicações graves, como cegueira, paralisia, danos aos órgãos, demência e até a morte.
Em relação ao aumento de casos em gestantes, os especialistas estimam que pode ser devido à melhora nos processos de detecção, principalmente durante a gravidez. Outro fator seria o uso generalizado da profilaxia pré-exposição, o que levou a uma diminuição no uso de preservativos.