Após explosões serem registradas no Irã, a Síria afirmou que foi bombardeada por Israel na madrugada de sábado (26, no horário local; noite de sexta-feira, no horário de Brasília). A informação foi divulgada pela Sana, a agência de notícias estatal síria.
O que aconteceu
Síria diz que meios de defesa aérea do país interceptaram mísseis israelenses por volta das 2 horas (horário local). Algumas instalações militares nas regiões sul e central do território seriam os alvos, conforme a Síria. O anúncio ocorreu ao mesmo tempo em que o Exército israelense havia anunciado ataques de precisão contra alvos militares do Irã, aliado da Síria.
Fonte militar informou que os mísseis foram lançados na “direção das Colinas de Golã sírias ocupadas por Israel e dos territórios libaneses”. Ainda segundo a fonte, a Síria respondeu aos mísseis da agressão e “abateram vários deles”.
A Síria ainda realiza trabalhos para verificar os danos causados pelo ataque.
Israel ainda não se pronunciou sobre os bombardeios contra o território sírio.
Explosões próximas a Teerã
Explosões foram registradas próximo da capital do Irã, e em outras cidades do país na madrugada entre sexta-feira e sábado (horário local). Os ataques foram conduzidos por Israel como parte da resposta do governo de Benjamin Netanyahu à ofensiva militar que Israel sofreu do regime iraniano.
Com a operação, Israel hoje está envolvido em três frentes simultâneas: contra o Hamas em Gaza, contra o Hezbollah no Líbano, e no Irã. O Irã e o Iraque fecharam o espaço aéreo de ambos os países após o ataque israelense ao território iraniano. As autoridades locais não forneceram mais detalhes sobre a medida.
Os ataques ainda ocorrem momentos após o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter pousado nos EUA, depois de uma turnê pelo Oriente Médio. Na viagem, ele pediu que Israel evitasse uma resposta que representasse uma escala da crise, às vésperas da eleição presidencial norte-americana que ocorrerá no início de novembro.
Tel Aviv admitiu que está conduzindo “ataques precisos contra alvos militares iranianos” e que nenhuma instalação relacionada com a indústria do petróleo foi atingida. Mas o temor é de que o novo capítulo da crise na região conduza os governos a um confronto de grande escala.
A escolha dos alvos, segundo Israel, foi feita com base numa avaliação do que seria considerada como uma “ameaça”. O processo também envolveu consultas com os EUA e até mesmo uma conversa entre o primeiro-ministro israelense e o presidente norte-americano Joe Biden.
Fonte: UOL.