O Ministério das Relações Exteriores da Síria exigiu na quinta-feira que o Conselho de Segurança das Nações Unidas tome medidas “firmes e imediatas” após os ataques de mísseis contra alvos sírios supostamente executados por Israel na noite de quarta-feira, segundo a mídia oficial síria.
“Às 22h42 da quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021, as autoridades do inimigo israelense repetiram a agressão ao território sírio por meio do lançamento de ondas sucessivas de mísseis da direção do Golã sírio ocupado na região sul”, disse o ministério em uma carta dirigida ao secretário-geral da ONU, António Guterre se à presidente do Conselho de Segurança, Barbara Woodward, informou a agência de notícias árabes da Síria (SANA).
A SANA também informou que “a maioria” dos mísseis foi abatida e que não houve vítimas.
O grupo de monitoramento de guerra baseado no Reino Unido Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) relatou que os ataques visaram “várias posições militares”, incluindo fazendas que abrigam milícias associadas ao Hezbollah libanês e à Resistência Síria para a Libertação do Golã.
Fontes do SOHR também relataram ter ouvido várias explosões em postos militares pertencentes à 90ª Brigada do Exército Sírio. De acordo com o SOHR, os postes foram destruídos, mas nenhuma vítima foi registrada até o momento.
Em 13 de janeiro, a mídia síria relatou que ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 23 soldados iranianos e sírios após atingir 18 alvos, incluindo armazéns de armas na governadoria Deir ez-Zor, perto da fronteira entre o Iraque e a Síria. No início do mês, em 7 de janeiro, a mídia síria noticiou ataques aéreos israelenses contra alvos ao sul de Damasco, incluindo uma instalação na vila de Sahnaya nas Colinas de Golã na Síria, pertencente a milícias pró-iranianas.
Mantendo sua política usual com relação a tais relatórios, os militares israelenses não comentaram os ataques de quarta-feira.