As Forças de Defesa de Israel (FDI) não responderam a “denúncias deste tipo”, mas lançaram um aviso ao Irã contra qualquer retaliação, depois do fim trágico de Mohsen Fakhrizadeh, físico nuclear iraniano.
Um submarino da Marinha de Israel cruzou o canal de Suez na semana passada, algo que está sendo visto como desafio ao Irã, noticiou a emissora pública israelense Kan News na noite de segunda-feira (21).
Oficiais da inteligência árabe teriam confirmado que o submarino da Marinha das Forças de Defesa de Israel (FDI) entrou no golfo Pérsico em um ato deliberado, aprovado pelo Egito, supostamente destinado a “enviar uma mensagem” ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei.
Não houve nenhum comentário oficial das FDI, que disseram não responder a “denúncias deste tipo”, apesar de Aviv Kohavi, chefe do Estado-Maior das FDI, deixar um aviso a Teerã em uma cerimônia militar.
“Recentemente, ouvimos ameaças crescentes do Irã contra o Estado de Israel. Se o Irã e seus parceiros, membros do eixo radical [Síria, Hezbollah e grupos terroristas palestinos], seja no primeiro ou segundo círculo de Estados, realizarem ações contra Israel, eles descobrirão que sua parceria será muito cara”, afirmou, citado pelo jornal The Times of Israel, acrescentando:
“As FDI atacarão à força qualquer pessoa que participe, de perto ou de longe, de atividades contra o Estado de Israel ou contra alvos israelenses. Estou dizendo isto claramente e descrevendo a situação como ela é. A resposta e todos os planos foram preparados e praticados.”
Na segunda-feira (21), um submarino de mísseis guiados USS Georgia entrou no golfo Pérsico através do estreito de Ormuz, acompanhado por dois navios de guerra dos EUA, USS Port Royal (CG 73) e USS Philippine Sea (CG 58), em meio a um aumento de tensões com o Irã, depois que Qassem Soleimani, general iraniano, bem como o cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, foram mortos em janeiro e novembro de 2020, respectivamente.