No último final de semana, Taiwan, que Pequim considera parte de seu território, relatou ter registrado 100 voos de caças chineses próximo do limite de seu espaço aéreo.
Taiwan acionou seus caças após avistar 52 aeronaves militares da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (ELP) da China voando nas proximidades das ilhas Pratas, controladas por Taipé, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan.
Uma dúzia de bombardeiros chineses H-6 e 31 caças J-16 estavam entre as aeronaves chinesas.
Este é o terceiro dia consecutivo que Taiwan relata a presença de aeronaves militares chinesas próximo do alcance de detecção de seus sistemas de defesa aérea.
No dia 3 de outubro, a ilha relatou ter avistado 39 aeronaves da China, entre elas caças, uma aeronave de guerra antissubmarino Y-8 e aviões de alerta e controle KJ-500.
Anteriormente, Taiwan tinha relatado sobre 38 caças chineses voando próximo de seu espaço aéreo.
O primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang, condenou as ações da China, que considera a ilha uma província separatista, como “brutal e bárbara”, declarando que Pequim compromete a paz regional.
Taipé também declarou que os EUA e a Austrália cooperam na segurança da ilha em meio ao que diz ser a ameaça chinesa.
Os EUA enviam frequentemente seus navios de guerra ao estreito de Taiwan, provocando duras críticas da China.
Nesta segunda-feira (4), Washington expressou preocupação sobre a “ação militar provocativa” da China, em referência aos recentes sobrevoos próximo do espaço aéreo de Taiwan.
“Instamos Pequim a cessar sua pressão e coerção militar, diplomática e econômica contra Taiwan”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.