No domingo (19), Taiwan reportou que dez aeronaves militares da China entraram em sua zona de defesa aérea (ADIZ, na sigla em inglês).
De acordo com o Ministério da Defesa da ilha, uma aeronave de controle e alerta precoce KJ-500 AEW&C, um bombardeiro estratégico H-6, dois caças J-11, quatro caças J-16 e dois J-10 foram identificados na região.
Além disso, o Ministério da Defesa informou que a Força Aérea da ilha respondeu à incursão enviando alertas por rádio.
As aeronaves militares da China estão marcando presença cada vez mais frequente na ADIZ de Taiwan em meio às tensões na região.
No dia 30 de maio, Taipé reportou que pelo menos 30 aeronaves da China teriam sobrevoado a região.
Nos últimos anos a China tem intensificado o número de voos de aviões em torno de Taiwan, território que reclama como seu, afirmando estar destinado a voltar a integrar um território chinês unificado.
As forças nacionalistas da República da China, lideradas por Chiang Kai-shek, se refugiaram em Taiwan em 1949 após perder a guerra civil contra o Partido Comunista local. Este, por sua vez, proclamou a República Popular da China, que nunca reconheceu a independência da ilha.
Pequim rejeita as comparações feitas por países ocidentais entre Taiwan e a Ucrânia, citando a política de Uma Só China adotada oficialmente pelos EUA, que reconheceram a República Popular como único território soberano chinês legítimo em 1979, oito anos após a ONU ter feito o mesmo.
No entanto, Washington mantém relações tanto com Pequim como com Taipé, sendo as últimas, não oficiais, regidas pelo Ato das Relações de Taiwan de 1979.