Tóquio despachou caças da Força Aérea de Autodefesa para seguir os drones, que eventualmente se voltaram à China continental. Segundo Taipé, além de drones, 22 aeronaves foram detectadas e 13 entraram em sua na zona de “resposta”.
Nesta sexta-feira (25), o Ministério da Defesa do Japão disse que enviou caças para monitorar bombardeiros e drones da Força Aérea chinesa voando perto da ilha de Okinawa, no sudoeste do país, e de Taiwan.
Dois bombardeiros H-6 chineses foram vistos voando através do estreito entre as ilhas Okinawa e Miyako, no sudoeste japonês, que conectam o mar do Sul da China e o Pacífico na manhã de hoje, disse a pasta citada pelo Yahoo.
Em um comunicado separado, o ministério disse que também avistou um drone militar chinês e outro drone “provavelmente chinês” voando entre a ilha de Yonaguni e Taiwan durante o dia.
A Defesa taiwanesa também se pronunciou hoje (25) e comunicou que uma atividade militar chinesa renovada em torno da ilha aconteceu nesta manhã, incluindo 13 aeronaves entrando na zona de “resposta” de Taiwan e cinco navios realizando patrulhas de prontidão para combate.
Especificamente, a pasta afirmou que a partir das 07h00 (20h00 do dia 24 no horário de Brasília), detectou 22 aeronaves chinesas – caças, bombardeiros, aeronaves de alerta precoce e drones – das quais 13 entraram na zona de “resposta”, segundo a Reuters.
O ministério ainda citou os drones, afirmando que dois veículos aéreos não tripulados cruzaram a linha mediana do estreito.
Um dos drones, identificado pelo ministério como BZK-005, cruzou a linha mediana oposta à costa noroeste de Taiwan, depois voou em direção ao norte da ilha antes de voar no sentido nordeste. O governo taiwanês enviou aeronaves e navios para monitorá-los, afirma a mídia.
Taipé não divulga onde fica a sua zona de resposta, mas mantém vigilância mais próxima do estreito de Taiwan e da área ao sul e sudoeste da ilha, onde a atividade militar chinesa muitas vezes se concentra.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China, enquanto a ilha autogovernada não declarou formalmente a independência, mas afirma já o ser e mantém laços próximos com os EUA.
Estes, por sua vez, expressaram nos últimos anos a vontade de “conter” a China e o seu desenvolvimento.