O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que uma terceira embarcação que circulava em frente ao litoral da Venezuela foi “eliminada” pela frota militar dos EUA que navega na área
Trump afirmou que a embarcação, que, segundo ele, transportava drogas, foi alvejada junto do segundo barco que os EUA abateram na segunda-feira (15), deixando três mortos. Um primeiro ataque ocorreu no início de setembro, quando 11 pessoas morreram.
“Na verdade, eliminamos três embarcações, não duas, mas [vocês] viram duas”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca antes de partir para o Reino Unido para uma visita de Estado.
O governo norte-americano não deu detalhes sobre o local exato ou a data do terceiro ataque, nem se houve vítimas. A Venezuela também ainda não havia confirmado a nova ofensiva até a última atualização desta reportagem.
Em agosto, os EUA enviaram uma série de navios de guerra e militares, além de caças F-35, para o sul do Caribe, com o argumento que fariam uma ofensiva contra narcotraficantes. Especialistas ouvidos pelo g1 afirmaram, no entanto, que o aparato é incompatível com uma operação militar para combater o tráfico de drogas.
“Parem de enviar drogas aos Estados Unidos”, declarou Trump, em resposta a um jornalista que lhe perguntou qual mensagem queria enviar ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Trump mencionou na segunda, em sua plataforma Truth Social, o segundo ataque “na área de responsabilidade do Southcom”, o comando militar dos Estados Unidos para a América do Sul e o Caribe.
Este ataque, segundo o norte-americano, matou três “narcoterroristas” venezuelanos. Um vídeo da ofensiva mostra uma lancha parada, com pessoas a bordo, explodindo em alto-mar.
Os navios norte-americanos no Caribe também detiveram e inspecionaram um barco pesqueiro venezuelano no domingo (14), como parte dessa mobilização.
Maduro, por sua vez, disse na noite de terça que os Estados Unidos ameaçam com uma “guerra no Caribe contra a Venezuela”, mas evitou se referir às declarações de Trump. O dirigente venezuelano clamou pela “união nacional” durante um ato transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão.