Antes de sofrer uma tentativa de assassinato e ser confirmado como candidato pelo Partido Republicano na disputa pela Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump concedeu entrevista de 90 minutos a jornalistas da Bloomberg Businessweek, em resort de Luxo Mar-a-Lago em Palm Beach, na Flórida, no mês passado, que foi divulgada na noite de ontem (17).
Dentre os tópicos abordados na entrevista, Trump afirmou que se ganhar as eleições presidenciais em novembro, não defenderá Taiwan de potenciais ameaças da China, que considera a ilha parte de seu território.
“Acho que Taiwan deveria nos pagar pela defesa. Você sabe, não somos diferentes de uma seguradora […] Taiwan não nos dá nada”, disse Trump, que afirmou “conhecer bem e respeitar muito” o povo da ilha.
Ele também criticou os EUA e a gestão atual do governo de Joe Biden por permitir que Taiwan alcançasse “liderança massiva” no setor de semicondutores.
Trump questionou por que os EUA estavam agindo como “seguro” de Taiwan quando, segundo ele, eles haviam capturado negócios de chips americanos.
Os Estados Unidos vendem bilhões de dólares em armamentos para Taiwan sob obrigações legislativas para fornecer os meios de defesa.
Em outra parte da entrevista, o ex-presidente prometeu impor tarifas sobre a China entre 60% e 100%, mas indicou que recuaria na proibição do aplicativo de propriedade chinesa, TikTok. Ele também mencionou que o líder chinês Xi Jinping era “um bom amigo” até a pandemia.