Donald Trump, que venceu a eleição presidencial dos Estados Unidos, está considerando ataques aéreos preventivos contra o Irã para evitar que a República Islâmica desenvolva armas nucleares, escreveu o jornal The Wall Street Journal citando fontes informadas.
Segundo as fontes, Trump, em conversas telefônicas recentes com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, se manifestou preocupado com a possibilidade de um avanço nuclear iraniano durante seu mandato presidencial e que estava procurando opções para evitar esse resultado.
As outras fontes dizem, que duas opções foram consideradas durante as discussões com Trump sobre a questão iraniana. Uma delas envolve o aumento da pressão militar com o envio de mais tropas, aeronaves e navios dos EUA para o Oriente Médio.
“Os EUA também poderiam vender a Israel armas avançadas, como bombas destruidoras de bunkers, para aumentar seu poder ofensivo e neutralizar as instalações nucleares iranianas”, ressaltou o jornal.
Como alternativa, foi mencionado o recurso à ameaça de força militar, especialmente em combinação com as sanções dos EUA, para forçar Teerã a concordar com um acordo diplomático. Essa é exatamente a estratégia que Trump usou em relação à República Popular Democrática da Coreia (RPDC) durante seu primeiro mandato, embora a diplomacia tenha fracassado, observa a empresa.
Em 2015, o Reino Unido, a China, a França, a Alemanha, a Rússia, os EUA, a França e o Irã fecharam um acordo nuclear que envolvia o cancelamento das sanções em troca da contenção do programa nuclear iraniano. Sob a presidência de Trump, os EUA se retiraram do acordo nuclear com o Irã em maio de 2018 e restabeleceram as sanções contra Teerã. Em resposta, o Irã anunciou uma redução gradual de suas obrigações nos termos do acordo, renunciando, entre outros, às restrições sobre pesquisa nuclear e níveis de enriquecimento de urânio.