A administração Trump, em coordenação com Israel e vários países do Golfo, planejaria impor uma ampla série de novas sanções contra o Irã até a posse de Joe Biden em 20 de janeiro, de acordo com Axios, citando duas fontes israelenses familiarizadas com o assunto.
O enviado da administração Trump para o Irã, Elliott Abrams, chegou a Israel no domingo, onde se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o conselheiro de segurança nacional israelense Meir ben Shabbat para discutir o plano de sanções. Abrams também se encontrará com o ministro da Defesa, Benny Gantz, e o ministro das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi, na segunda-feira, para informá-los sobre a iniciativa, disse o jornal.
“O máximo de penalidades possível”
O enviado dos EUA alegadamente afirmou em uma entrevista a portas fechadas há alguns dias que a administração Trump busca promulgar um novo conjunto de sanções contra o Irã a cada semana até 20 de janeiro. O objetivo seria “impor o máximo de sanções possível” à República Islâmica até essa data, disse uma fonte israelense familiarizada com o plano.
Segundo fontes, a administração Trump acredita que essa ‘avalanche’ de medidas punitivas aumentará a pressão sobre Teerã e dificultará a retomada do acordo nuclear assinado em 2015 pelo governo Biden.
As sanções previstas não estariam vinculadas ao programa nuclear iraniano, pois é mais provável que medidas desse tipo sejam canceladas pelo governo Biden e abram portas para a retomada do negócio nuclear. Em vez disso, as restrições estariam relacionadas ao programa de mísseis balísticos iraniano, assistência a organizações terroristas e violações dos direitos humanos.
Espera-se que Abrams viaje de Israel para Abu Dhabi e Riade para discutir o plano de sanções. Por sua vez, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, chegará a Israel em 18 de novembro e provavelmente também visitará outros países da região em uma viagem focada no último esforço do governo Trump para aumentar a pressão sobre Teerã. dizem que autoridades israelenses e americanas foram consultadas pela Axios.
Em 7 de novembro, Joe Biden proclamou sua “vitória convincente” nas eleições presidenciais depois que vários meios de comunicação dos EUA projetaram que o candidato democrata já havia reunido os 270 votos eleitorais necessários para assumir a Presidência. No entanto, seu rival republicano, Donald Trump, não reconheceu sua derrota, anunciando que sua campanha levará o caso a tribunal na segunda-feira.
O presidente iraniano, Hasan Rohani, declarou que a próxima administração dos Estados Unidos “deveria aproveitar a oportunidade para corrigir os erros do passado” cometidos pelo presidente Trump.