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Turquia acusa Israel de ser o ‘menino mimado do Ocidente’ e pede investigação sobre armas nucleares

por Últimos Acontecimentos
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Um dos países contrários à ofensiva de Israel contra o Hamas em Gaza, que já dura cinco semanas, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse neste sábado (11) que Tel Aviv age como um “menino mimado do Ocidente”. A declaração aconteceu durante discurso na Cúpula Conjunta da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) e da Liga Árabe.

Para o líder turco, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “não indeniza os povos e territórios que massacrou, ocupou, queimou, destruiu e perseguiu”.

A guerra em Gaza já deixou mais de 11 mil pessoas mortas por conta dos ataques diários, que sequer pouparam escolas, hospitais, campos de refugiados e até abrigos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Outro ponto destacado por Erdogan é sobre a necessidade de investigações internacionais para apurar se Israel possui armas nucleares.

Segundo o presidente, a existência já foi “admitida pelos ministros” do país hebreu.

As tensões cresceram ainda mais após as declarações de Netanyahu: conforme o premiê israelense, o país não vai abrir mão do controle na Faixa de Gaza sob nenhuma circunstância, mesmo diante do fim do conflito com o Hamas. O discurso aconteceu durante um grande protesto contra o líder judeu em Tel Aviv.

“Não haverá mais ameaça a Israel a partir da Faixa de Gaza. Para garantir isso, as Forças de Defesa de Israel [FDI] garantirão o controle da segurança em Gaza enquanto for necessário. Não concordarei em abrir mão do controle da segurança [na Faixa de Gaza] sob nenhuma circunstância”, afirmou Netanyahu.

Enquanto Israel sequer ameniza os bombardeios em Gaza para agilizar a entrada de ajuda humanitária — pouco mais de 500 caminhões chegaram com alimentos, remédio e água, quando a necessidade é de pelo menos 300 por dia —,o presidente turco defendeu a criação de um fundo de apoio para a reconstrução da Faixa de Gaza pela OCI.

“Como mundo islâmico, não podemos deixar nossos irmãos e irmãs palestinos sem dono e desamparados”, disse.

Crítica ao silêncio do Ocidente

Paralelamente, Erdogan apelou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU e à Corte Penal Internacional (CPI) para investigar “crimes de guerra e contra a humanidade” cometidos por Israel, além de “tomar medidas necessárias contra os responsáveis”.

“Enfrentamos uma barbárie sem precedentes na história, em que hospitais, locais de culto, escolas, campos de refugiados e ambulâncias são bombardeados, além de civis que migram para as chamadas zonas seguras são massacrados”, denunciou, ao mesmo tempo o silêncio do Ocidente diante dessas atrocidades.

“É vergonhoso que os países ocidentais, que falam sobre direitos humanos e liberdades, permaneçam em silêncio perante as contínuas massacres na Palestina”, insistiu o presidente turco, destacando a importância de transformar a crise atual “em um meio para uma solução permanente da questão palestina“.

Para o turno, o fim das tensões na região envolve o estabelecimento de “um Estado palestino soberano e geograficamente integrado com Jerusalém Oriental como capital dentro das fronteiras de 1967“.

Fonte: Sputnik.

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;…” Mateus 24:6

11 de novembro de 2023.

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