Israel se tornou uma ameaça para a paz e a estabilidade do Oriente Médio, afirmou a administração do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Em comunicado publicado na rede X, o chefe da Direção de Comunicações da Presidência da Turquia, Burhanettin Duran, expressou sua indignação após os recentes bombardeios realizados contra a Faixa de Gaza.
“A decisão do Parlamento israelense de anexar a Cisjordânia ocupada e o ataque imediato contra Gaza mostram que a liderança israelense não busca a paz, mas pretende continuar com a ocupação e o genocídio. Este último ataque demonstrou, mais uma vez, que Israel representa uma ameaça à paz e à estabilidade regional“, afirmou Duran.
Segundo ele, a comunidade internacional deve “demonstrar determinação para condenar a política de genocídio conduzida por Israel”.
O Ministério das Relações Exteriores da Turquia já havia classificado os ataques israelenses como violação do cessar-fogo, instando Tel Aviv a cumprir os compromissos assumidos no acordo firmado com o movimento palestino Hamas.
A tensão aumentou após o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu acusar o Hamas de descumprir o cessar-fogo. Segundo o governo israelense, o grupo teria devolvido os restos mortais de um refém entregue há dois anos, em vez dos corpos de reféns ainda mantidos em Gaza.
De acordo com a rádio militar israelense Galei Tzahal, milicianos palestinos teriam atacado soldados israelenses em Gaza, o que levou o Exército de Israel a responder com fogo. O canal palestino Al-Aqsa, por sua vez, informou que dois civis morreram após um bombardeio aéreo israelense contra uma residência no enclave.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor em 10 de outubro. No âmbito do acordo, o Hamas libertou 20 reféns mantidos em Gaza desde 2023, enquanto Israel liberou 1.968 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados a longas penas ou prisão perpétua.
Enquanto isso, o plano de paz dos Estados Unidos, elaborado pelo presidente Donald Trump e composto por 20 pontos, exclui qualquer participação direta ou indireta do Hamas no governo futuro de Gaza. Netanyahu tem reiterado que Israel continuará determinado a alcançar a eliminação total do Hamas, tanto militar quanto politicamente.
