Separatistas apoiados pela Ucrânia e pela Rússia em um distrito oriental de Lugansk negociaram alegações de uma escalada nos combates na quinta-feira, depois que os EUA alegaram que Moscou está buscando um pretexto para invadir.
A Ucrânia está em conflito com rebeldes no leste do país desde 2014, em uma guerra que custou milhares de vidas, mas os últimos relatórios intensificarão os temores de uma intervenção russa.
O centro de comando militar ucraniano no leste alegou que as forças apoiadas pela Rússia “com especial cinismo” dispararam artilharia pesada na vila de Stanytsia-Luganska.
“As conchas atingiram um jardim de infância”, dizia. “De acordo com dados preliminares, dois civis ficaram feridos. A infraestrutura pública também foi danificada. Metade do assentamento ficou sem eletricidade.”
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, não mencionou nenhum ferimento, mas condenou o suposto bombardeio.
“Pedimos a todos os parceiros que condenem rapidamente esta grave violação dos acordos de Minsk pela Rússia em meio a uma situação de segurança já tensa”, disse ele, referindo-se a um acordo internacional de 2014 que deveria interromper a guerra.
Fotografias na conta do centro de comando no Facebook mostravam civis abrigados em um porão e uma sala de jogos do jardim de infância com escombros espalhados pelo chão e um buraco na parede.
Separadamente, agências de notícias russas informaram que a força separatista em Lugansk alegou que a Ucrânia aumentou os combates.
“Nas últimas 24 horas, a situação na linha de contato aumentou significativamente”, disse Yan Leshchenko, chefe da Milícia Popular na autodeclarada república de Lugansk, a repórteres.
“O inimigo, sob ordens diretas da liderança político-militar de Kiev, está tentando escalar o conflito.”
A Ucrânia e seus aliados ocidentais dizem que a Rússia mobilizou uma enorme força de invasão potencial nas fronteiras da Ucrânia, e a inteligência dos EUA acusou Moscou de tentar criar um pretexto fingindo uma atrocidade.
A Otan diz que mais de 100.000 forças russas estão na fronteira, mas Moscou insiste que está buscando uma rota diplomática para resolver suas preocupações de segurança e reverter a influência do Ocidente na Europa Oriental.