Em 2018, a polícia secreta controlava as câmeras de vigilância do lado de fora das mesquitas no Uzbequistão. Mas, em 2022, o Ministério do Interior assumiu essa função e mandou que comunidades religiosas não muçulmanas se registrassem no Estado e instalassem câmeras.
O conselho de igrejas batistas não é registrado e controlado pelo Estado, então não foi obrigado a instalar as câmeras. No entanto, essas câmeras são instaladas em locais próximos, que apontam diretamente para as portas do templo. Além disso, podem ser direcionadas remotamente para vigiar toda a área dos prédios usados pelas igrejas batistas, como já aconteceu antes.
Um membro de outra comunidade religiosa disse ao Forum 18, um site de notícias de direitos religiosos, que “a polícia pode ver quem ora, quem prega os sermões, quem participa dos cultos e se menores de 18 anos estão acompanhados pelos pais. Nos sentimos vulneráveis, pois assim eles conseguem identificar qualquer pessoa e puni-la se quiserem.”
Outra comunidade notou que a polícia estava particularmente interessada em menores de 18 anos que participavam dos cultos: “As câmeras de vigilância tornam fácil encontrar os pais e puni-los”. Outro membro da comunidade afirmou: “A polícia nos observa como se estivéssemos na palma da mão deles. Isto é perturbador porque sabemos que somos vigiados enquanto oramos ou conversamos uns com os outros. Queremos nos concentrar nas intercessões, nos encontros de adoração, e não ficar com medo.”
Um membro de outra comunidade contou que a polícia local alegou que não os vigiaria, mas também afirmou ter acesso e controle sobre as câmeras e as gravações. Outra comunidade comentou: “a polícia quer identificar todos que vão aos locais de culto para punir as pessoas que participam dos encontros.”
Fortaleça a igreja na Ásia Central
Atividades religiosas são muito limitadas no Uzbequistão e outros países da região, por isso apenas instituições registradas podem ter Bíblias. Com sua doação, dois cristãos na Ásia Central podem ter acesso à Bíblia em seu idioma.