27 de março de 2018.
A proximidade da comemoração dos 70 anos da declaração da independência do estado de Israel parece estar a reunir um cada vez maior número de provas e evidências da presença e ligação ancestral do povo judeu à Terra de Israel, e em especial à sua capital eterna, Jerusalém!
A última descoberta, anunciada durante o dia de ontem, tem a ver com um impressionante achado de um fabuloso tesouro de moedas em bronze e que datam do período da revolta judaica contra a ocupação romana, entre os anos 67 a 70 d.C., portanto os últimos anos antes da destruição o Templo no ano 70 d.C.
Esta descoberta foi realizada pela arqueóloga Dra. Eilat Mazar, durante as escavações em curso no parque Ophel, logo abaixo da parede sul do Monte do Templo, um lugar repleto de ruínas arqueológicas que sempre visitamos durante as nossas excursões a Israel, como contamos fazer na nossa próxima excursão comemorativa dos 70 anos de Israel, a realizar se Deus quiser entre 7 e 17 de Maio próximo.
Estas moedas de bronze com 1,5 centímetros foram deixadas por residentes judeus que durante 4 anos se esconderam numa enorme gruta com 7 x 14 metros durante o cerco romano a Jerusalém (66 – 70 d.C.) até à destruição do Templo e da Cidade de Jerusalém.
Conquanto várias das moedas estejam datadas para os primeiros anos da revolta, a grande maioria delas pertence ao último ano da mesma, conhecido como “Ano Quatro” (69 – 70 d.C.). É de assinalar que durante esse último ano a inscrição hebraica nas moedas foi mudada da habitual “Pela Liberdade de Sião” para “Pela Redenção de Sião”, uma mudança que reflete a diferença de postura dos rebeldes judeus durante este período de horror e fome.
“Uma descoberta destas – moedas antigas com as palavras gravadas “Liberdade” e “Redenção” – achadas precisamente antes do começo do Festival judeu da Liberdade e da Redenção – a Páscoa – é incrivelmente emocionante” – afirmou a arqueóloga.
Para além das inscrições com palavras hebraicas, as moedas foram decoradas com símbolos judaicos, tais como as 4 espécies de plantas mencionadas em relação à Festa dos Tabernáculos: palma, murta, cidra e salgueiro, e ainda uma representação do cálice que era utilizado no serviço do Templo.
Foram também encontrados na gruta vasos de cerâmica partidos, incluindo jarras e panelas. Segundo as palavras de Mazar, é extraordinário que esta gruta nunca tenha sido descoberta pelos sucessivos habitante de Jerusalém, nem nunca tenha sido usada após o período do Segundo Templo. Assim sendo, esta gruta serve como uma autêntica cápsula no tempo, revelando a vida em Jerusalém quando do cerco romano e dos 4 anos de revolta contra a ocupação pelo império romano.
Segundo Mazar, as moedas estavam bem preservadas, talvez por terem tido muito pouco uso. Uma quantidade semelhante de moedas do “Ano Quatro” foi descoberta junto ao “arco de Robinson”, perto do Muro Ocidental, pelo professor Benjamin Mazar, avô de Eilat Mazar. Ele liderou escavações no Monte do Templo logo a seguir à Guerra dos Seis Dias, por conta do Instituto de Arqueologia da Universidade Hebraica.