O presidente chinês, Xi Jinping, assinou o decreto sobre a entrada em vigor da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong na terça-feira, que provocou protestos naquela região administrativa especial da China, críticas e ameaças internacionais por Washington, relata o Jornal Global Times.
A nova lei entra em vigor a partir de 30 de junho.
Anteriormente, o representante exclusivo de Hong Kong no Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, Tam Yiu-Chung, confirmou que o Congresso Popular Nacional da China havia aprovado a lei. Os detalhes devem ser divulgados ainda nesta terça-feira.
A proposta de impor uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong foi aprovada pelo Congresso Nacional Popular da China em 28 de maio.
A lei visa impedir, prender e punir atos em Hong Kong que ameacem a segurança do país, abrangem atividades secessionistas e subversivas, bem como interferências estrangeiras e terrorismo. No entanto, os ativistas acreditam que a nova legislação limita as liberdades políticas e democráticas.
Por seu lado, os EUA acusaram o governo chinês de remover as proteções legais prometidas a Hong Kong quando Pequim recuperou o controle da antiga colônia britânica em 1997, prometendo respeitar o princípio de “um país, dois sistemas”, a idéia de coexistência do capitalismo e socialismo em algumas regiões do país.
Em resposta a esses planos de Pequim, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou no final de maio que “Hong Kong não é mais autônomo o suficiente” e anunciou que havia dado ordens ao seu governo para iniciar o processo de o cancelamento do tratamento preferencial concedido a este território.
Na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou que em 29 de junho Washington deixaria de exportar equipamentos de defesa e tecnologias sensíveis para Hong Kong. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, respondeu que Pequim tomará medidas retaliatórias, sem especificar em que consistirão.