O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia tem interesse em “inflamar a guerra” no Oriente Médio para enfraquecer a unidade global.
O que aconteceu:
Zelensky disse que isso ajudaria a Rússia a “destruir a liberdade na Europa”. “Temos dados que provam muito claramente que a Rússia está interessada em incitar a guerra no Oriente Médio”, declarou em vídeo publicado nas redes sociais.
“Podemos ver os propagandistas russos regozijando-se. Podemos ver os amigos iranianos de Moscovo a estenderem abertamente a mão àqueles que atacaram Israel”, continuou.
O presidente da Ucrânia garantiu saber “como combater essa ameaça”: “Nosso principal objetivo é proteger a necessidade da máxima unidade global”, finalizou.
Tudo isto representa uma ameaça muito maior do que a que o mundo tem atualmente. As guerras mundiais do passado foram desencadeadas por agressões locais.
Volodymyr Zelensky
O presidente ucraniano condenou, ainda no sábado (7), o ataque do Hamas a Israel. Zelensky disse que o direito de autodefesa dos israelenses é “inquestionável”.
A fala segue a manifestação de outros líderes europeus, como os governos do Reino Unido, Alemanha, Suécia, Holanda e França.
Rússia condena conflito e critica atuação dos EUA
O ministro de relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, condenou o conflito no Oriente Médio, mas apresentou uma posição crítica em relação à narrativa a favor de Israel. Segundo ele, o Ocidente é “míope” se apenas condenar os ataques contra Israel sem considerar a causa da instabilidade.
“Não posso deixar de mencionar a política destrutiva dos Estados Unidos, a qual impede os esforços coletivos dentro da estrutura do quarteto de mediadores internacionais”, disse Lavrov a repórteres em Moscou. O quarteto ao qual se referiu é composto por Nações Unidas, União Europeia, Estados Unidos e Rússia.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que Moscou acompanha com preocupação o conflito e que a situação entre Israel e Gaza representa um “grande perigo” para a região.
Peskov defendeu uma saída pacífica. “Nós acreditamos que a situação deve ser trazida de volta para um canal pacífico o quanto antes”, disse.
O porta-voz afirmou ainda que a continuação da espiral de violência vai levar a uma escalada e ao crescimento do conflito. “Nós estamos extremamente preocupados”, informou.
A Rússia está em guerra com a Ucrânia há mais de um ano e meio. O país invadiu o vizinho em fevereiro de 2022 e ainda não aceitou negociações para a paz.
Fonte: UOL.