Home Últimas NotíciasChina trava adesão de entidade evangélica a comitê da ONU

China trava adesão de entidade evangélica a comitê da ONU

por Últimos Acontecimentos
407 Visualizações

China emperrou nesta segunda-feira, dia 20, a entrada da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) no Comitê sobre Organizações Não-Governamentais (ONGs) das Nações Unidas, durante reunião em Nova York. A Anajure vai tentar reverter a objeção chinesa.

A Anajure conta com apoio do Itamaraty para ingressar no comitê da ONU. Ele é diretamente vinculado ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc), ao qual estão afiliadas com status consultivo “especial” cerca de 4,4 mil ONGs de todo o mundo. Essa é a credencial à qual a Anajure se candidatou.

As ONGs buscam se credenciar no comitê com status consultivo para poder emitir opinião nos fóruns das ONU e encaminhar documentos sobre assuntos a que se dedicam para apreciação dos diplomatas, emitindo ao Ecosoc um relatório de atividades a cada quatro anos.

O Brasil é 1 dos 19 países cujas delegações fazem parte do Comitê das ONGs e tem atualmente 44 organizações com status “especial” dedicadas a temáticas distintas como gênero, LGBT, crianças, indígenas, ciência, meio ambiente e direitos humanos. A Anajure espera ser a primeira de viés religioso-protestante.

Por meio de um representante no encontro desta segunda-feira, a China pediu mais explicações sobre a presença da Anajure e suas atividades no exterior. Nos bastidores, circula a hipótese de que cobranças da Anajure por respeito aos direitos humanos na China possam ter desagradado.

Estadão apurou que uma carta explicativa sobre suas atividades já foi redigida para distribuição entre as delegações nesta terça-feira, dia 21. A entidade pretende também fazer lobby para remover a objeção junto à embaixada chinesa em Brasília.

Embora mantivesse diálogo com ministros de Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT), a associação ampliou a interlocução política no governo de Jair Bolsonaro, inclusive com o próprio presidente. Apesar de se declarar independente, a Anajure apoia grande parte das decisões de Bolsonaro e dá sustentação, sob a ótica religiosa, a uma série de medidas do governo.

Fonte: Estadão.

20 de janeiro de 2020.

Postagens Relacionadas

Deixe um comentário