A pandemia de coronavírus pode deixar mais de 10 milhões de crianças em vários países africanos sob risco de fome, revelou nesta quarta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em seu relatório.
O coronavírus exacerbou a pobreza e a desigualdade nas nações, que já enfrentam problemas internos, colocando considerável pressão sobre os sistemas sociais e de saúde. Isso levou a um aumento de famílias incapazes de atender às necessidades mais básicas de comida e água.
Ao entrarmos em 2021, o UNICEF está profundamente preocupado com a saúde e o bem-estar de 10,4 milhões de crianças com desnutrição aguda na região do Sahel (um cinturão de até 5.400 quilômetros que atravessa a África do Atlântico ao Mar Vermelho), a República Democrática do Congo, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen, que já estão passando por graves crises humanitárias. A combinação de fatores como pobreza crônica, falta de acesso a serviços essenciais, conflitos armados recorrentes, agravados pela pandemia, aumentaram a vulnerabilidade de famílias carentes.