Na quarta-feira, os ministros do Likud se abstiveram de confirmar se Israel estava por trás de um ataque na Síria durante a noite, mas disseram que a nova administração dos EUA não deve “apaziguar” o Irã e alertou Teerã que o estado judeu não tolerará sua presença militar na Síria ou o desenvolvimento de armas nucleares.
Em uma das declarações mais contundentes de um oficial israelense, o Likud Tzachi Hanegbi, considerado um aliado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ameaçou que Israel poderia atacar o programa nuclear do Irã se os Estados Unidos voltassem ao acordo nuclear, como o presidente eleito Joe Biden indicou que pretende fazer.
“Se o governo dos Estados Unidos voltar ao acordo nuclear – e essa parece ser a política declarada a partir de agora – o resultado prático será que Israel estará novamente sozinho contra o Irã, que ao final do acordo terá recebido luz verde do mundo, incluindo os Estados Unidos, para continuar com seu programa de armas nucleares”, disse Hanegbi em entrevista ao Kan News.
“É claro que não permitiremos. Já fizemos duas vezes o que precisava ser feito, em 1981 contra o programa nuclear do Iraque e em 2007 contra o programa nuclear da Síria”, disse ele, referindo-se aos ataques aéreos aos reatores nucleares dos dois países.