Irã e Rússia iniciam treinamento naval conjunto no Oceano Índico

O último exercício ocorreu um dia depois que o Irã reiterou seu alerta de que interromperia certas inspeções nucleares se outras partes do acordo de 2015 que limita o programa atômico do país “não cumpram com suas obrigações” até 21 de fevereiro.

O enviado do Irã à Agência Internacional de Energia Atômica disse que o órgão de vigilância da ONU foi informado da medida.

No início deste mês, o Wall Street Journal informou que os inspetores nucleares das Nações Unidas encontraram vestígios de material radioativo em instalações nucleares iranianas que podem indicar trabalho com armas nucleares.

No mês passado, Teerã anunciou que estava começando a enriquecer urânio em até 20% – muito além dos 3,5% permitidos pelo acordo nuclear, e um avanço técnico relativamente pequeno dos 90% necessários para uma arma nuclear. A agência atômica da ONU confirmou este mês que o Irã produziu uma pequena quantidade de urânio metálico, um material que tecnicamente tem usos civis, mas é visto como mais um provável passo em direção a uma bomba nuclear.

As violações conhecidas ocorreram enquanto o acordo histórico de 2015 entre o Irã e as potências mundiais, limitando o programa nuclear de Teerã em troca de sanções internacionais, está por um fio.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, retirou-se do acordo em 2018 e voltou a impor sanções a Teerã, com o Irã, um ano depois, suspendendo gradativamente seu cumprimento da maioria dos compromissos nucleares em resposta.

O governo Biden expressou vontade de voltar ao acordo, mas insistiu que o Irã primeiro retome o cumprimento total, enquanto Teerã pediu o levantamento imediato das sanções. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem sido um dos principais críticos do acordo, que foi alcançado quando Biden era vice-presidente, e alertou contra o reengajamento com Teerã no acordo.

A agência atômica da ONU disse na semana passada que seus inspetores confirmaram que o Irã iniciou a produção de urânio metálico.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, disse em um comunicado que, em 8 de fevereiro, “verificou 3,6 gramas de urânio metálico na Fábrica de Fabricação de Placas de Combustível do Irã em Esfahan”.

O urânio metálico pode ser usado como componente em armas nucleares. O Irã assinou uma proibição de 15 anos sobre a “produção ou aquisição de metais de plutônio ou urânio ou suas ligas” sob o chamado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) assinado em 2015 com potências mundiais.

As recentes violações iranianas conhecidas incluem exceder o limite de estoque de urânio enriquecido, enriquecimento além do nível de pureza permitido e uso de centrífugas mais avançadas do que as permitidas no acordo.

Fonte: Times Of Israel.

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;…” Mateus 24:6

16 de fevereiro de 2021.