A Guiné Equatorial mudará sua embaixada para Jerusalém, anunciou seu presidente na sexta-feira em uma conversa com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O presidente equatoguinense, Teodoro Mbasogo, falou por telefone com Netanyahu para informá-lo sobre a mudança.
Netanyahu enfatizou o aprofundamento da cooperação de Israel com as nações africanas e disse que “Israel está retornando à África e a África está retornando a Israel em grande estilo”, de acordo com um comunicado divulgado pelo Gabinete do Primeiro Ministro.
Mbasogo disse que toda a África está recebendo Israel de braços abertos.
Ex-colônia espanhola, a Guiné Equatorial conquistou sua independência em 1968. Com reservas de petróleo significativas, o menor membro da OPEP é o país mais rico da África per capita. Mas poucos de seus 1,5 milhão de cidadãos desfrutam dessa riqueza, e uma em cada cinco crianças morre antes de completar cinco anos.
Mbasogo, o presidente mais antigo do mundo, está no cargo há mais de 40 anos, assumindo o poder em um golpe de Estado em 1979. Seu histórico de direitos humanos foi atacado por organizações internacionais, com a Human Rights Watch condenando a “corrupção, pobreza e repressão dos direitos civis e políticos” no país.
Os Estados Unidos e a Guatemala abriram embaixadas na capital de Israel, e Kosovo deve se tornar o terceiro país a fazê-lo.
Outras nações, como Honduras, também se comprometeram a transferir suas embaixadas de Tel Aviv para Jerusalém.
A administração Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel no final de 2017 e transferiu a embaixada dos EUA para lá em maio de 2018.
No início deste mês, o Senado dos EUA votou de forma esmagadora pela manutenção da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, com apenas três senadores votando contra o estabelecimento de fundos para manter a missão diplomática.
A maioria dos países europeus condenou a ação de Trump como não estando de acordo com o consenso internacional, preferindo esperar pelo reconhecimento da cidade até que o status de Jerusalém seja finalizado nas negociações com os palestinos.