Os Estados Unidos advertiram nesta quarta-feira (7) a China sobre a escalada de tensões com Filipinas e Taiwan. Os dois países, aliados americanos, têm demonstrado a Washington preocupação com o que chamam de movimentos agressivos por parte de Pequim.
No caso de Taiwan, ilha considerada pela China um território separatista, a preocupação aumentou depois que 15 aviões chineses entraram na zona de defesa aérea taiwanês. Há o temor por parte de Washington que Pequim endureça a repressão a Taipé de maneira semelhante ou mais intensa do que fez com Hong Kong.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou que os EUA atuarão caso a escalada de tensões se intensifiquem.
“Os Estados Unidos mantêm a capacidade de resistir a qualquer recurso à força ou outras formas de coerção que ponham em risco a segurança ou o sistema social ou econômico do povo de Taiwan”, alertou.
Mais cedo, o ministro de Relações Exteriores de Taiwan afirmou que a ilha “lutará até o fim” caso a tensão com a China escale para uma violência.
“Com base no meu entendimento limitado dos tomadores de decisão americanos que acompanham os desdobramentos nesta região, eles veem claramente o perigo da possibilidade de a China lançar um ataque contra Taiwan”, disse Joseph Wu aos repórteres na chancelaria.
“Estamos dispostos a nos defender sem quaisquer dúvidas, e travaremos a guerra se precisarmos travar a guerra. E se precisarmos nos defender até o último dos dias, nós nos defenderemos até o último dos dias.”
Disputa com Filipinas
Outra preocupação sinalizada por Washington está no recente episódio envolvendo mais de 200 navios militares, vistos em março em águas territoriais disputadas entre China e Filipinas. Price afirmou inclusive que os EUA pode acionar tratados de defesa mútua em caso de agressão.
“Um ataque armado contra as forças armadas, as embarcações públicas ou as aeronaves das Filipinas no Pacífico, incluindo o mar da China Meridional, desencadeará nossas obrigações sob o Tratado de Defesa Mútua entre os Estados Unidos e as Filipinas”, disse.
A China, que reivindica quase todo o mar, rico em recursos, rejeitou semanas de pedidos das Filipinas para retirar os navios que, segundo Manila, entraram ilegalmente em sua zona econômica exclusiva.
Fonte: G1.