O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que um homem e seus três filhos foram indiciados por venderem uma falsa cura milagrosa para a covid-19 e outras doenças, como câncer, Alzheimer, diabetes, HIV/AIDS e Parkinson.
Mark Grenon, 62, e seus filhos Jonathan, 34, Joseph, 32, e Jordan, 26, são acusados de produzir e vender uma substância chamada de MMS (Miracle Mineral Solution —Solução Mineral Milagroso, em tradução livre) na igreja fundada pelo pai, a Genesis II de Saúde e Cura.
A MMS é uma solução química que contém clorito de sódio e água, que se torna dióxido de cloro quando ingerido via oral. O dióxido de cloro é um tipo de alvejante normalmente usado para tratamento de água industrial ou branqueamento de tecidos, celulose e papel.
Os Grenons alegavam que ingerir a substância poderia tratar, prevenir e curar a covid-19.
A FDA, órgão equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos Estados Unidos, não aprova o uso de MMS para tratamento de qualquer doença e alertou que sua ingestão pode provocar vômitos, diarreia ou reduzir a pressão arterial a níveis perigosos.
Os quatro acusados estão presos preventivamente. Mark e Joseph foram detidos na Colômbia, enquanto Jonathan e Jordan foram capturados em Bradenton, na Flórida, onde moravam.
Durante o cumprimento do mandado de prisão na casa de Jonathan, os oficiais descobriram que a MMS era produzida em uma cabana no quintal.
Dezenas de milhares de garrafas vendidas
De acordo com a acusação, os Grenons teriam vendido dezenas de milhares de garrafas de MMS nos Estados Unidos. O produto era vendido por meio de doações feitas à Genesis II. As investigações estimam que eles tenham mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões) com a venda da falsa cura milagrosa.
Os documentos afirmam que o site da Genesis II a descrevia como uma “igreja não religiosa”. Além disso, Mark teria afirmado diversas vezes que a igreja “não tinha anda a ver com religião” e que foi criada para “evitar que ele fosse para a cadeia”.
Fonte: UOL.