Um navio da Guarda Costeira dos EUA disparou cerca de 30 tiros de advertência após a aproximação de 13 navios da Marinha do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) no Estreito de Ormuz.
As informações foram confirmas pelo Pentágono nesta segunda-feira (10) e publicadas na Reuters. Esta é a segunda vez em um curto espaço de tempo que navios militares dos EUA tiveram que disparar tiros de advertência em embarcações iranianas.
O Exército dos EUA acusa “o comportamento inseguro dos iranianos na região”. Para o porta-voz do Pentágono, John Kirby, os tiros de alerta foram disparados depois que as lanchas iranianas chegaram a 150 jardas (450 pés) de seis embarcações militares dos EUA, incluindo o USS Monterey, que escoltavam o submarino Georgia, de mísseis guiados.
“É significativo … E eles estavam agindo de forma muito agressiva”, disse ele, acrescentando que o número de navios iranianos era maior do que em um episódio similar ocorrido em abril.
O comentário do porta-voz faz menção a um acontecimento em abril, quando um navio militar dos EUA disparou tiros de alerta depois que três navios do IRGC se aproximaram dele e de outro barco-patrulha no Golfo.
Negociações em Viena
O incidente desta segunda-feira (10) aconteceu em meio às negociações das potências mundiais e o Irã para acelerar os esforços para trazer Washington e Teerã de volta ao cumprimento do acordo nuclear de 2015.
Autoridades norte-americanas voltaram a Viena na semana passada para uma quarta rodada de conversas indiretas com o Irã sobre como retomar o cumprimento do acordo.