No início desta quinta-feira (1º), o Ministério da Defesa de Itália confirmou que sua fragata Virginio Fasan participará dos exercícios Sea Breeze, que decorrem no mar Negro. Embarcações de guerra russas monitoraram o navio mencionado na sua entrada nas águas em causa.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que os EUA e os Estados da OTAN estão tornando o mar Negro em uma zona de confrontação, acrescentando que o envio recente da fragata Evertsen, da Marinha holandesa, para a região era uma provocação perigosa.
“A área do mar Negro está sendo consistentemente transformada por Washington e seus aliados de uma área de cooperação, que ali foi estabelecida, para uma área de confrontação militar. Isto está sendo feito deliberadamente – para que sob liderança dos EUA mais uma região do mundo se torne instável e represente uma ameaça”, declarou Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em uma coletiva de imprensa.
Em 24 de junho, a fragata holandesa, que teria estado em águas neutras, mudou sua rota em direção ao estreito de Kerch.
De modo a impedir sua entrada em águas territoriais russas, um caça Su-30 e um caça-bombardeiro Su-24 de uma unidade em serviço foram colocados no ar.
“Considerando que o incidente com a Eversten ocorreu um dia após o incidente com o destróier britânico Defender, seria errado negar a mim mesma o prazer de sublinhar que o lado holandês agiu de modo coordenado, tanto através da OTAN quanto diretamente em contato com parceiros britânicos, o que nos leva a concluir que as manobras perigosas da fragata holandesa também foram uma provocação deliberada”, comentou Zakharova.
Adicionalmente, a representante da diplomacia russa também apontou que as forças da OTAN estariam criando instabilidade em várias zonas perto das fronteiras russas.
Por outro lado, Zakharova declarou que Moscou nunca violou o direito à livre navegação durante o incidente com a fragata holandesa, enquanto o Ministério da Defesa dos Países Baixos afirmou que sua fragata esteve ante uma “situação perigosa” criada pelas aeronaves russas.