Há cerca de 1.500 anos desapareceu das margens do Mar Morto uma magnífica planta mencionada na Bíblia pelos seus encantos e poderes medicinais. O profeta Jeremias falou do poder curativo desta planta: “Acaso não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do Meu povo?” (Jeremias 8.22)
O profeta Ezequiel admirou o seu valor econômico. O Livro do Êxodo menciona a planta como um incenso para a adoração divina a ser queimada no Templo sagrado.
Estamos a falar do famoso bálsamo de Gileade.
A planta foi um presente da rainha de Sabá ao rei Salomão. Os seus pomares eram pertença do rei Herodes, foram saqueados por Marco António e oferecido a Cleópatra. Os seus ramos foram transportados por Tito juntamente com o Candelabro de ouro na procissão triunfal do império romano em Roma após a conquista de Jerusalém.
DESCOBERTA IMPRESSIONANTE
No final de Outubro a Autoridade para as Antiguidades de Israel anunciou ter sido encontrado em Jerusalém oriental um antigo selo de ametista com o primeiro registro conhecido da planta conhecida como “bálsamo de Gileade.” A gravação no selo com 2 mil anos exibe a planta bíblica caqui – não relacionada com o fruto com o mesmo nome – usada durante o período do Segundo Templo como um dos ingredientes mais dispendiosos para a produção de incenso, perfumes, medicação e óleos para unção. A planta tem sido descrita com muitos nomes, desde caqui, bálsamo e bálsamo de Gileade. O selo foi encontrado durante escavações a decorrer em Jerusalém.
Segundo o arqueólogo responsável pelas escavações, “este é um achado importante, pois pode ter sido a primeira vez no mundo inteiro que um selo foi descoberto com uma gravação desta preciosa planta famosa, da qual até agora apenas se conseguiam ler descrições em registos históricos.”
A planta está sendo hoje em dia novamente criada em Israel, ao fim de 1.500 anos do seu desaparecimento. O local onde está sendo criada é em Almog, na margem Norte do Mar Morto.