Biden afirma que a ameaça de uma invasão russa à Ucrânia ainda é alta e que não tem planos para ligar para o presidente Vladimir Putin. Mídia norte-americana lança outra data para suposta invasão russa: depois do dia 20 de fevereiro.
Nesta quinta-feira (17), falando com repórteres na porta da Casa Branca, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a ameaça de uma invasão russa da Ucrânia ainda é “muito alta”.
“Há todas as indicações de que eles estão preparados para entrar na Ucrânia. Minha sensação é de que isso acontecerá nos próximos dias”, declarou.
Ao mesmo tempo, Biden informou que não tem a intenção de ligar para o líder russo, Vladimir Putin, por agora.
“Não tenho planos de ligar para Putin agora”, afirmou.
O mandatário norte-americano também afirmou que Washington tem “razões para acreditar” que Moscou está “engajada em uma operação de bandeira falsa para ter uma desculpa para entrar [em território ucraniano]”, fazendo referência ao bombardeio de um jardim de infância no leste da Ucrânia como sendo algo projetado para criar um pretexto para uma ação militar russa.
Ao mesmo tempo, o presidente afirmou que ainda há “um caminho diplomático” e que o secretário de Estado, Antony Blinken, “descreveria qual é esse caminho” em um discurso nas Nações Unidas nesta quinta-feira (17).
A mídia ocidental e a inteligência dos EUA alegaram que Moscou lançaria uma ofensiva contra a Ucrânia nos dias 15 e 16 de fevereiro, algo que não aconteceu. Agora, a mídia norte-americana através de um artigo no Politico, colocou a data para depois do dia 20 de fevereiro.
O Kremlin já negou diversas vezes que tenha a intenção de invadir a Ucrânia, ao mesmo tempo, pede à OTAN que pare de se expandir aos países do Leste Europeu, sua expansão cruza as linhas vermelhas russas e ameaça seu território.
Hoje (17), Moscou entregou ao embaixador dos EUA na Rússia, John Sullivan, sua reação à resposta dos EUA sobre garantias de segurança, informou a chancelaria russa. Entretanto, Biden disse que ainda não leu o documento.
“Ainda não li, não posso comentar”, afirmou.