Israel fará o que for preciso para garantir que o Irã não desenvolva uma arma nuclear, disse o primeiro-ministro israelense Yasir Lapid, durante o seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas na quinta-feira (22).
“Temos capacidades e não temos medo de usá-las“, disse Lapid. “Faremos o que for preciso, o Irã não terá uma arma nuclear”.
Israel quer que os parceiros internacionais negociem um acordo nuclear mais “robusto e de longa duração”, com o Irã colocando na mesa de negociações uma ameaça militar credível.
“A única maneira de impedir que o Irã obtenha uma nova arma nuclear é colocar na mesa uma ameaça militar credível e, em seguida, e só então, negociar um acordo de maior duração e mais robusto com eles”, disse premiê israelense.
Lapid enfatizou que o que precisa ser deixado claro para o Irã é que o mundo responderá com força militar, não com palavras, se o Irã avançar com seu programa nuclear.
Na quarta-feira (21), o presidente iraniano Ebrahim Raisi disse durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU que Teerã não está buscando obter ou desenvolver armas nucleares.
Raisi criticou os EUA por ignorarem o acordo nuclear de 2015 com o Irã, formalmente conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).
Ele também observou que a Agência Internacional de Energia Atômica tem repetidamente constatado que os EUA abandonaram os seus compromissos ao abrigo do acordo enquanto o Irã tem pagado um preço por ter cumprido seus compromissos.
O Irã está em negociações com a Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia para retomar o acordo nuclear JCPOA, assinado em 2015. O pacto exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse suas reservas de urânio em troca de alívio das sanções, incluindo a suspensão do embargo de armas cinco anos após a adoção do acordo, e uma maior facilidade na exportação de petróleo.