O Exército da China continua a se preparar para uma eventual guerra e se opõe firmemente a qualquer forma de atividades separatistas para alcançar a independência de Taiwan, bem como a interferência de forças externas, declarou nesta sexta-feira (4) Tan Kefei, porta-voz do Ministério da Defesa da China.
“Taiwan é uma Taiwan chinesa e a questão taiwanesa é um assunto interno da China que não tolera qualquer interferência externa. Os EUA estão constantemente corroendo o princípio de ‘Uma Só China’ e ultrapassando todos os limites em seus esforços para ‘usar Taiwan para controlar a China’, tudo isso viola gravemente a soberania e integridade territorial chinesa e representa uma séria ameaça à paz e à estabilidade no estreito de Taiwan”, disse Kefei, comentando o relatório da Estratégia Nacional de Defesa dos EUA, que contém referências negativas à China.
Ele ressaltou que “o Exército de Libertação Popular continua treinando tropas e se preparando para um cenário de guerra, com oposição resulta a todas as formas de atividades separatistas para alcançar a independência de Taiwan e a interferência de forças externas”.
No final de outubro, o Departamento de Defesa dos EUA publicou o plano de estratégia de defesa nacional. De acordo com o texto, os Estados Unidos veem a sua missão na redução dos riscos de uma guerra nuclear e, a fim de alcançar esse objetivo, procurarão trabalhar com as outras potências nucleares. A estratégia descreve a Rússia como uma ameaça aguda que apresenta riscos para os interesses e valores de Washigton.
Comentando o documento, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, observou que “a China é a única rival que pretende redesenhar a ordem internacional e que tem a força crescente para conseguir isso”.
Anteriormente, à margem de congresso do Partido Comunista, o ministro da Defesa da China, o general Wei Fenghe, destacou a importância de militares aderirem às diretrizes do presidente Xi Jinping.
“Os militares têm que manter um alto grau de vigilância, sempre se preparar para a guerra e defender resolutamente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país”, afirmou a autoridade. A confrontação entre a China e os EUA tem aumentado após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan no mês de agosto.