A assembleia geral das Nações Unidas votou ontem a favor de uma proposta visando a adopção de uma resolução pró-palestiniana para a comemoração do “dia Nakba” – o dia da “catástrofe”, segundo a perspectiva dos inimigos de Israel. Este termo é usado pelos palestinianos para descrever o estabelecimento do moderno estado de Israel em 1948.
A resolução da ONU apela à “comemoração do 75º aniversário da Nakba, que inclui a organização de um evento a alto nível no auditório principal da assembleia geral” em Maio de 2023. A resolução apela ainda à “disseminação de arquivos e testemunhos relevantes.”
A iniciativa foi apoiada pelo Egipto, Jordânia, Senegal, Tunísia e Iémen, para além dos palestinianos, e passou com 90 votos a favor, 30 contra e 47 abstenções. Entre os países que votaram contra estão Israel, Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Países Baixos, Reino Unido e EUA. A Ucrânia não votou. Já no início de Novembro este país que se farta de pedir ajuda militar a Israel decidiu votar a favor de uma resolução anti-Israel, originando um mal estar com o governo de Jerusalém.
Quase todos os países da União Europeia rejeitaram a moção, com a excepção de Chipre, que votou a favor. Portugal absteve-se…
Os países árabes e muçulmanos com quem Israel tem laços diplomáticos votaram a favor da resolução, entre os quais estão o Azerbaijão, Barein, Egipto, Jordânia, Marrocos, Sudão e Emirados Árabes Unidos.
Os árabes nunca aceitaram a entrada de judeus na Terra de Israel, muito menos a aceitação de um estado judaico em terras que alegam serem suas. Com o novo governo de Netanyahu, as aspirações palestinianas de um estado naquela terra irão dissipar-se, uma vez que o novo governo de coligação é contra a divisão da terra entre 2 estados.
Esta resolução sobre a “Nakba” é apenas uma entre várias outras semelhantes avançadas durante a reunião sobre a “questão da Palestina.” Claro que todas são contra Israel…
Uma outra resolução reza assim: “Nota-se com grande tristeza a passagem de 55 anos desde o estabelecimento da ocupação israelita” e 75 anos desde o plano de partição das Nações Unidas e da “Nakba”, sem nenhuma resolução para o conflito.”
O embaixador israelita para a ONU, Gilad Erdan, disse que “o único propósito das resoluções é colocar apenas sobre Israel a culpa de tudo o que acontece no Médio Oriente, ao mesmo tempo que absolvendo os palestinianos de qualquer responsabilidade.”
E o embaixador afirmou no seu discurso: “Tentem imaginar a comunidade internacional comemorar o dia da independência do vosso país, chamando-lhe de um desastre. Que desgraça” – afirmou Erdan, acrescentando: “As mentiras palestinianas não deveriam mais ser aceites no palco mundial, tal como esta assembleia deveria parar de permitir que os palestinianos se aproveitem do mesmo. Apelo a todos vós para que deixeis de apoiar cegamente as difamações palestinianas.”
“Esta assembleia geral, esta organização, votou para adoptar a resolução 181 – o plano da partição. O meu povo, o povo judeu, aceitou esta resolução sem hesitar. Mas os árabes e os palestinianos não: cinco exércitos árabes, juntamente com os árabes que viviam em Israel, tentaram destruir-nos e aniquilar-nos.”
Erdan também revelou uma exibição na ONU sobre a “nakba judaica”, a expulsão de centenas de milhares de judeus de países árabes e do Irão nos anos 1940 e 50, logo a seguir ao plano de partição. “O único crime deles era serem judeus. Esta é a verdadeira Nakba. Este é o desastre provocado contra o povo judeu, o mesmo desastre que esta organização tem ignorado há décadas. Combaterei de todas as formas a falsa narrativa que os palestinianos disseminam na ONU.”
Sabe-se que 750.000 judeus foram expulsos dos países árabes e muçulmanos após o estabelecimento do estado moderno de Israel.
ALEGAÇÕES PALESTINIANAS
Riyad Mansour, o enviado palestiniano à ONU, alegou durante o evento: “Estamos no final da estrada que leva à solução 2 estados. Ou a comunidade internacional resume a vontade de agir decisivamente, ou irá então deixar que a paz morra passivamente. Passivamente, mas não pacificamente.”
O representante dos inimigos de Israel instou ainda para que a comunidade internacional pressione Israel e para que a ONU garanta aos palestinianos o pleno reconhecimento, com um estado palestiniano com Jerusalém oriental como capital. Mansour condenou ainda o “regime” israelita por combinar os males do colonialismo e do apartheid.
“O plano era, e em muitos casos ainda é, para deslocar o nosso povo para fora da sua terra ancestral” – alegou o palestiniano, acrescentando que “foram 75 anos de políticas israelitas tendo como alvo desenraizar o nosso povo.” Mansour referiu-se por várias vezes a Israel como “colónia”, dessa forma iníqua negando os laços e raízes ancestrais dos judeus a Israel e ao Médio Oriente.
A HIPOCRISIA DE ANTÓNIO GUTERRES
Ma passada Terça-Feira, durante um evento na ONU assinalando o “Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestiniano”, o secretário-geral António Guterres afirmou que “a ocupação tem de terminar”, alegando que o conflito tem como causa a ocupação, os colonatos, as demolições de casas, os despejos e o fechamento das passagens para Gaza…
O hipócrita Guterres e outros palestrantes focaram-se nas forças israelitas na Margem Ocidental (entenda-se: Judeia e Samaria), esquecendo no entanto de mencionar o terrorismo palestiniano, o grupo terrorista Hamas, as preocupações israelitas em questões de segurança, ou as vítimas israelitas da violência palestiniana… Enfim, mais do mesmo.