A Casa Branca disse nesta segunda-feira que recentes encontros perigosos entre forças dos Estados Unidos e da China no Estreito de Taiwan e no Mar da China Meridional refletem uma crescente agressividade dos militares de Pequim, o que aumenta o risco de um erro em que “alguém se machuque”.
O aviso contundente de Washington seguiu-se à publicação da Marinha dos EUA no domingo de um vídeo do que chamou de “interação insegura” no Estreito de Taiwan, no qual um navio de guerra chinês cruzou na frente de um contratorpedeiro dos EUA na conturbada passagem aquática.
O incidente ocorre no momento em que os dois países trocam acusações por não manterem negociações militares — com divergências entre os rivais sobre tudo, desde comércio e Taiwan até a invasão da Ucrânia pela Rússia — e pode aumentar o potencial para confrontos futuros.
O incidente também acontece após uma ocorrência em 26 de maio, na qual um caça chinês realizou o que os Estados Unidos chamaram de manobra “desnecessariamente agressiva” perto de um avião militar americano sobre o Mar da China Meridional em espaço aéreo internacional.
“Infelizmente, isso é apenas parte, novamente, de uma crescente agressividade da RPC (República Popular da China) com a qual estamos lidando e estamos preparados para lidar com isso”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, a jornalistas em meio à deterioração dos laços entre Washington e Pequim.
“Não vai demorar muito até que alguém se machuque”, disse Kirby. “Não demoraria muito para que um erro de julgamento ou um erro fosse cometido.”
Em Pequim, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que “as medidas tomadas pelos militares chineses são completamente razoáveis, legítimas, profissionais e seguras”.
Fonte: Reuters.