10 de dezembro de 2018.
Igrejas situadas nas proximidades do local onde se acredita que Jesus foi batizado, próximo a Jericó, na Cisjordânia ocupada, abriram as portas no domingo (9) após ficarem meio século fechadas. A abertura ocorre depois de mais de oito meses de obras para minas instaladas ali em guerras anteriores.
Sob supervisão do Ministério da Defesa de Israel, a operação começou em março e deve prosseguir por até um ano. As autoridades pretendem limpar completamente a área de minas e artefatos explosivos, que são vestígios da Guerra dos Seis Dias (1967) ou foram colocados por Israel pouco depois.
A área das igrejas, Qasr al Yahud, estava abandonada há quase 50 anos, exceto por uma zona restrita perto de onde teria acontecido o batismo, na margem do rio Jordão.
Além do governo israelense, os trabalhos para a retirada de minas, ao norte do Mar Morto, são supervisionados pela associação de limpeza de escombros de guerra Halo Trust e a empresa israelense 4CI.
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De acordo com o Ministério da Defesa, o projeto cobre um quilômetro quadrado, um perímetro no qual estariam quase 3 mil minas e outros explosivos.
“A Halo Trust superou uma etapa chave em seu objetivo de limpar o local de batismo das minas e outros explosivos”, declarou o presidente da associação, James Cowan.
“Graças à entrega de nossa equipe de limpeza de minas, à generosidade do governo israelense e dos cristãos, judeus e muçulmanos de todo o mundo, conseguimos retirar as minas das igrejas etíope, grega e franciscana”, completou.
Igrejas restauradas
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No monastério etíope, que se encontra em ruínas, ainda é possível observar um afresco que representa Jesus sendo batizado por João Batista.
Os trabalhos de limpeza ainda devem atingir as igrejas ortodoxas russa, síria, romena e copta. Após o fim da operação, as visitas de peregrinos serão permitidas.
Muitas minas foram colocadas na área pelas forças israelenses depois que o Estado hebreu conquistou o controle da Cisjordânia das tropas jordanianas, em 1967.
Parte da comunidade internacional nunca reconheceu o controle israelense da Cisjordânia e considera esta região um território palestino ocupado.
Fonte: AFP