O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, conversou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta terça-feira (10) para falar sobre como deverá ser o apoio dos EUA na guerra entre Israel e o Hamas.
Biden não deu muitos detalhes sobre o telefonema. Ele afirmou que eles discutiram a coordenação para dar apoio a Israel com o propósito de impedir “atores hostis” e proteger pessoas inocentes.
No sábado (7), o Hamas, um grupo terrorista, fez um ataque-surpresa contra Israel. A partir da Faixa de Gaza, combatentes do grupo invadiram o território israelense, mataram centenas de pessoas e levaram mais de 100 pessoas como reféns. Israel declarou guerra ao Hamas e, inicialmente, atacou o território palestino com míssei.
Na terça-feira, o governo dos EUA afirmou que não pretende enviar soldados para Israel, mas afirmou que vai defender os interesses americanos na região.
O governo dos EUA também divulgou um comunicado em que afirma que apoia Israel e repudia o Hamas.
Pelo menos 11 cidadãos dos EUA morreram nos confrontos, de acordo com Biden, mas o número pode aumentar porque ainda há outros americanos que estão desaparecidos.
Irã e Hamas
No domingo, o “Wall Street Journal” publicou uma reportagem em que dizia que o Irã participou do planejamento do ataque-surpresa a Israel junto com o Hamas.
Na segunda-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que “sem dúvida há um grau de cumplicidade” do Irã no apoio ao Hamas, mas afirmou que o governo dos EUA não tem evidências de que o Irã esteve diretamente envolvido na organização do atual ataque.
Kirby disse a jornalistas que a Casa Branca espera mais pedidos relacionados à segurança de Israel e tentará cumprir as demandas o mais rápido possível.
Ele também afirmou que “é muito cedo para dizer que pisamos no freio” nos esforços para normalizar relações entre Arábia Saudita e Israel, mas que essa diplomacia ainda deveria ser encorajada.
Entenda a guerra entre o Hamas e Israel
Como começou o conflito entre o Hamas e Israel? A mais recente disputa na região começou em 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque-surpresa contra Israel. Essa foi a mais violenta ação contra o território israelense dos últimos 50 anos. Os serviços de inteligência do país não conseguiram antecipar que uma ofensiva dessa magnitude estava sendo preparada.
O que é o Hamas? O grupo terrorista é uma das maiores organizações islâmicas dos territórios palestinos e, desde 2007, controla a Faixa de Gaza. O Hamas é considerado um grupo terrorista por países como os Estados Unidos e o Reino Unido. Veja o vídeo abaixo para saber mais sobre o grupo.
Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou lançados 5 mil foguetes. Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país. Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.
Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação. “Estamos em guerra e vamos ganhar”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque. “O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu.” Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indica que quase 1.600 pessoas morreram, sendo 900 em Israel, 687 na Faixa de Gaza e sete na Cisjordânia. Milhares de pessoas ficaram feridas.
O que é e onde fica Faixa de Gaza? É território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito. Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km² — um pouco menor que Santa Catarina. Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.
Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.
Fonte: G1.