Os Estados Unidos ampliaram esforços de cortar o financiamento para o Hamas nesta sexta-feira, 27, ao anunciar uma segunda rodada de sanções contra indivíduos e organizações ligadas ao grupo extremista palestino, que no último dia 7 lançou um ataque contra Israel que matou mais de 1.400 pessoas.
As novas sanções destacam o papel do Irã em fornecer ajudar financeira, logística e operacional ao Hamas, segundo comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA. Os alvos incluem um representante do Hamas no Irã e membros do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
O anúncio veio após o vice-secretário do Tesouro americano, Wally Adeyemo, viajar para Londres para angariar mais apoio do Reino Unido, um dos aliados mais próximos dos EUA, na tentativa de drenar o financiamento do Hamas, que ambos os países consideram ser uma organização terrorista.
“A ação de hoje destaca o compromisso dos EUA em desmantelar as redes de financiamento do Hamas, mobilizando nossas autoridades de sanções antiterroristas e trabalhando com nossos parceiros globais para impedir que o Hamas explore o sistema financeiro internacional”, disse Adeyemo.
Alvos do EUA
Entre os alvos das sanções estão Khaled Qaddoumi, que é visto como intermediário do Hamas e do governo iraniano, e Ali Morshed Shirazi e Mostafa Mohammad Khani, oficiais da Força Qods do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica acusados de treinar e ajudar combatentes do Hamas.
Os EUA impuseram sanções também a uma série de organizações, incluindo a iraniana Bonyad Shahid, também conhecida como Fundação dos Mártires. Autoridades americanas dizem que o grupo, afiliado à Jihad Islâmica Palestina, destina milhões de dólares através da Associação de Caridade Al-Ansar, com sede em Gaza, para as famílias dos militantes.
As sanções congelam quaisquer ativos baseados nos EUA pertencentes ou controlados pelos indivíduos e organizações punidos. Também bloqueiam transações financeiras e proíbem a contribuição em fundos, bens e serviços.
Nesta quinta, 26, os EUA bombardearam duas bases na Síria supostamente ligadas a grupos iranianos.
Fonte: Exame.