Os Estados Unidos disseram ter usado dois caças contra um armazém de armas alegadamente pertencente a combatentes ligados ao Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica iraniano.
Os EUA lançaram na quarta-feira (8) um ataque aéreo contra uma infraestrutura no leste da Síria, supostamente ligada a milícias apoiadas pelo Irã, em resposta a ataques nas últimas semanas a diversas bases que hospedam tropas dos EUA na região, informou na quarta-feira (8) a agência norte-americana Associated Press, citando o Pentágono.
O raid norte-americano foi executado por dois caças F-15 dos EUA contra um armazém de armas que pertenceria a grupos ligados ao Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), segundo Washington. O objetivo era privar os grupos de suprimentos, armas e munições necessários para atacar as forças americanas no Iraque e na Síria.
Trata-se da segunda vez em menos de duas semanas que os EUA bombardeiam instalações usadas por grupos militantes, muitos dos quais atuando em nome da Resistência Islâmica no Iraque, que autoridades norte-americanas dizem ter realizado pelo menos 40 ataques do tipo desde 17 de outubro.
A primeira retaliação militar norte-americana desse tipo ocorreu em 27 de outubro.
“O presidente [dos EUA, Joe Biden] não tem outra prioridade que não a segurança do pessoal dos EUA, e ele dirigiu a ação de hoje para deixar claro que os Estados Unidos vão se defender a si mesmos, seu pessoal e seus interesses”, declarou Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, em um comunicado.
Embora Washington tenha afirmado que os bombardeios têm o objetivo de impedir que as bases americanas sejam atacadas, os foguetes e drones têm continuado suas investidas contra as forças dos EUA quase diariamente.
A intensificação dos ataques vem em meio ao recém-retomado conflito entre Israel e Hamas, que provocou a morte de quase 1.500 israelenses e mais de 10.000 palestinos desde 7 de outubro. Como vem sendo habitual, os EUA assumem seu apoio a Tel Aviv.