O conselheiro-chefe do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Akif Cagatay Kilic, declarou nesta quarta-feira (27) que vários países ocidentais afirmam que o “fim” do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está próximo, citando a suposta “brutalidade” do Estado judeu, especialmente em suas ações na Faixa de Gaza.
Em uma entrevista à emissora turca TRT Haber, Kilic afirmou que “muitos países ocidentais dizem que este é o fim do caminho para Netanyahu“, referindo-se às críticas internacionais em relação às ações israelenses na região.
As tensões entre Erdogan e Netanyahu aumentaram ainda mais quando, na manhã de quarta-feira, o presidente turco comparou mais uma vez o primeiro-ministro israelense ao líder alemão nazista Adolf Hitler.
Em resposta, Netanyahu acusou Erdogan de genocídio contra os curdos e detenção de jornalistas que se opõem ao seu regime, afirmando que Erdogan é a última pessoa capaz de pregar a moralidade.
O chefe do departamento de comunicações da administração presidencial turca, Fahrettin Altun, endossou as críticas, afirmando que ele é “a última pessoa a falar sobre genocídio” e que a história irá julgá-lo como criminoso de guerra.
Altun também alegou que Netanyahu busca expulsar os palestinos de suas terras há décadas, intensificando a retórica contra o líder israelense.
A disputa verbal entre Erdogan e Netanyahu não é novidade, com o presidente turco acusando repetidamente o líder israelense de conduzir um genocídio na Faixa de Gaza para prolongar sua carreira política e evitar processos judiciais em Israel.
A situação na região continua delicada, com o presidente turco pedindo à comunidade internacional que se una em torno dos esforços para alcançar um cessar-fogo imediato e negociações para uma paz duradoura
Erdogan também reiterou o apoio ao movimento palestino Hamas, recusando-se a reconhecê-lo como uma organização terrorista, em contraste com a posição de Israel.
O início do conflito entre o Estado judaico e a Palestina se intensificou em outubro, com morte de 1,2 mil israelenses por ataque do Hamas. Desde então, o cerco aos insumos se intensificou e mais de 20 mil palestinos foram mortos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).