A China advertiu o governo dos Estados Unidos por causa do número significativo de restrições comerciais à nação asiática e do impedimento de acesso à tecnologia avançada.
Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China, disse que as restrições comerciais dos EUA e os esforços do presidente Joe Biden para bloquear o acesso de Pequim à tecnologia avançada prejudicam a estabilização dos laços entre as duas nações.
“Os EUA têm concebido diversas táticas para conter a China e continuam aumentando a sua lista de sanções unilaterais, atingindo níveis desconcertantes”, disse o ministro em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7), citada pela Bloomberg.
“Se os EUA ficarem obcecados em restringir a China, acabarão por se prejudicar a si próprios”, acrescentou Wang.
De acordo com a Bloomberg, os comentários do diplomata sênior ocorrem em um momento em que a administração Biden pressiona seus aliados, incluindo os Países Baixos, Alemanha, Coreia do Sul e Japão, para reforçarem ainda mais as restrições ao acesso da China à tecnologia de semicondutores.
As tensões entre a China e os Estados Unidos começaram a diminuir desde que o presidente chinês, Xi Jinping, se encontrou com Biden na Califórnia em novembro do ano passado, uma reunião que levou à retomada dos laços militares de alto nível e ao lançamento de um grupo de trabalho para conter o fluxo de fentanil nos Estados Unidos.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores da China disse que os EUA não cumpriram todas as “promessas” que fizeram durante aquele encontro, sem dar mais detalhes. Em fevereiro, Pequim pediu a Washington que levantasse as sanções e acabasse com o que chamou de assédio a alguns cidadãos chineses que viajam para os Estados Unidos.
Em fevereiro, os EUA impuseram restrições às exportações de 93 entidades da Rússia, China, Índia, Quirguistão, Coreia do Sul, Turquia e Emirados Árabes Unidos, como parte de um pacote de sanções anti-Rússia.
Pequim respondeu que se opõe veementemente às sanções dos Estados Unidos e do Reino Unido contra empresas chinesas por alegadas ligações com a Rússia.