O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo (7) que o país está “a um passo da vitória” na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, segundo agências de notícias internacionais.
Netanyahu garantiu, ainda, que Israel não concordará com um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns israelenses, capturados há seis meses, no ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
A declaração do primeiro-ministro acontece no mesmo dia em que Israel retirou a 98ª Divisão de suas Forças Armadas da Faixa de Gaza. Além disso, segundo um porta-voz do Exército, não há mais nenhuma tropa ativa operando no sul do enclave – região onde os ataques israelenses se concentraram nestes seis meses de guerra.
Ao portal Haaretz, o porta-voz explicou que a saída dos militares aconteceu pelo “esgotamento de todas as operações de inteligência e combate na região” e negou que isso tenha tido influência de uma pressão do governo dos Estados Unidos sobre Netanyahu.
De acordo com o porta-voz, o exército israelense já fez tudo o que podia na região e matou milhares de integrantes do Hamas. Ele também pontuou que, com a saída, os palestinos poderão voltar para suas casas.
“Nossa missão era desmantelar a Brigada Khan Yunis do Hamas, e conseguimos isso. Nossa segunda missão foi devolver os reféns e falhamos nossp. A operação no complexo hospitalar de Al-Shifa contribuiu para a decisão de mudar a nossa percepção em relação aos combates na Faixa Sul”, comentou o porta-voz.
Os próximos passos dos militares ainda não estão completamente definidos, mas Israel planeja designar três divisões para a fronteira da Faixa de Gaza, além de permanecer no Kibutz de Kissufim.
A retirada ocorre num momento em que o Egito se prepara para acolher uma nova ronda de negociações destinadas a alcançar um cessar-fogo e um acordo para a libertação de reféns.
Desde o início da guerra, cerca de 1.200 israelenses foram mortos com os ataques do Hamas e 33 mil palestinos morreram nos contra-ataques de Israel. Ainda há centenas de reféns.
Fonte: G1.