O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse neste sábado (29) que o Irã “ameaçou destruir” Israel e retrucou na mesma moeda: “um regime que ameaça destruição merece ser destruído”.
Katz afirmou também que Israel vai “agir com toda a força” contra o Hezbollah caso o grupo terrorista não pare com os bombardeios feitos em direção ao território israelense e se retirem do sul do Líbano.
A declaração de Katz é uma resposta aos iranianos, que disseram na sexta (28) considerar “todas as opções, incluindo total participação” em caso de guerra entre Israel e Hezbollah, e representa uma escalada de tensões entre os dois países do Oriente Médio. O Irã disse também que, caso o conflito ecloda, “uma guerra devastadora ocorrerá”.
“O Irã ameaçou hoje destruir Israel se respondermos plenamente aos ataques do Hezbollah a partir do Líbano. Minha resposta ao Irã é clara: se o Hezbollah não cessar seu fogo e se retirar do sul do Líbano, agiremos contra ele com toda a força até que a segurança seja restabelecida e os residentes possam retornar às suas casas. “, disse Israel Katz em publicação no X (antigo Twitter).
Ao final do comunicado, uma mensagem ao Irã: “um regime que ameaça destruição merece ser destruído”, afirmou Katz.
Hezbollah e Israel trocam agressões quase diárias desde o início da guerra entre israelenses e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. Em solidariedade com os terroristas do Hamas, o grupo ataca quase diariamente alvos no norte de Israel a partir do sul do Líbano. Em contrapartida, Israel realiza ataques em território libanês e já eliminou alguns comandantes do Hezbollah.
O Irã é aliado do grupo terrorista Hezbollah, que fica no Líbano, e também é inimigo de Israel. Em abril, os iranianos lançaram mais de 300 mísseis e drones em território israelense em retaliação ao bombardeio na embaixada da Síria que matou um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana.
Nas últimas semanas, os bombardeios entre as partes começaram a vir acompanhados de ameaças de guerra total, o que preocupa autoridades de todo o mundo. As tensões no Oriente Médio estão aumentando ainda mais desde que Israel decidiu invadir Rafah, no sul de Gaza, em maio, para eliminar o Hamas.
Os Estados Unidos, maiores aliados de Israel, tentam colocar panos quentes na situação e incentivar a via diplomática para resolver a desavença. Hezbollah diz que o grupo pararia de bombardear Israel caso a guerra na Faixa de Gaza terminasse.
No último dia 19, o chefe do Hezbollah disse que “nenhum lugar” de Israel estaria a salvo em caso de guerra e ameaçou o Chipre por permitir que Israel use aeroportos e bases no país como apoio para ataques ao grupo no Líbano. Israel respondeu dizendo que o Hezbollah subestima da capacidade militar israelense.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta quarta-feira (26) que não quer uma guerra no Líbano, mas, caso aconteça, o país “tem a capacidade de levar o Líbano de volta à Idade da Pedra”.
Diante da iminência do conflito, os Estados Unidos começaram nesta semana a se preparar para evacuar americanos que estão no Líbano, segundo a mídia americana.
Fonte: G1.