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GuerrasTensões no Oriente Médio

Ministro das Relações Exteriores do Irã alerta sobre “guerra em larga escala” se Israel atacar novamente

por Últimos Acontecimentos 05/01/2025
por Últimos Acontecimentos 05/01/2025 181 Visualizações

O principal diplomata do Irã disse que Teerã está pronta para quaisquer futuros ataques israelenses ao país, alertando que tal ação poderia desencadear uma conflagração maior, em comentários transmitidos no sábado.

Os comentários do Ministro das Relações Exteriores Abbas Araghchi à mídia estatal chinesa ocorrem em meio à crescente preocupação de que o Irã possa avançar na busca por uma arma nuclear, à medida que o país é cada vez mais encurralado após uma série de golpes devastadores, somados à iminente posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que manteve uma postura agressiva em relação a Teerã em sua última gestão.

Também surgiram especulações de que Israel pode atacar o Irã em resposta aos recorrentes ataques com mísseis balísticos lançados contra Israel pelos rebeldes Houthis do Iêmen, que recebem armas e outro apoio da República Islâmica.

“Estamos totalmente preparados para a possibilidade de novos ataques israelenses”, disse Araghchi à CCTV estatal da China, de acordo com uma tradução fornecida pela emissora. “Espero que Israel se abstenha de tomar uma ação tão imprudente, pois isso pode levar a uma guerra em larga escala.”

Israel realizou dois ataques diretos ao Irã no ano passado em resposta a ataques sem precedentes com drones e mísseis, incluindo um bombardeio de cerca de 200 mísseis balísticos em 1º de outubro, a maioria dos quais foi interceptada.

Aviões de guerra israelenses realizaram um contra-ataque em 26 de outubro, atingindo instalações militares e defesas aéreas que protegiam outros locais importantes.

Em abril, Israel atingiu uma bateria de defesa aérea perto de uma instalação nuclear em resposta a uma saraivada de cerca de 300 drones e mísseis disparados contra Israel pelo Irã.

Em contraste com a retórica bombástica frequentemente utilizada por Teerã para ameaçar Israel, no entanto, Araghchi disse que o Irã buscaria uma “abordagem diplomática” e consultaria aliados, incluindo a China.

“Acreditamos que a razão acabará prevalecendo e evitará ações que podem ter consequências sérias”, disse Araghchi.

A entrevista com Araghchi foi conduzida em 28 de dezembro, durante uma visita de estado de dois dias do diplomata iraniano a Pequim no mês passado, buscando cimentar laços bilaterais. Ela só foi ao ar uma semana depois.

Durante uma reunião em 28 de dezembro, Araghchi e seu colega chinês Wang Yi discutiram o programa nuclear do Irã, com Araghchi dizendo em uma entrevista coletiva após a reunião que “2025 será um ano importante em relação à questão nuclear do Irã”.

Durante a reunião, Wang se manifestou contra as sanções impostas ao Irã e em apoio ao acordo de 2015 entre Teerã e potências mundiais, incluindo a China, com o objetivo de coibir o enriquecimento nuclear, de acordo com uma declaração chinesa.

O acordo praticamente desmoronou desde que Trump retirou os EUA em 2018, reimpondo sanções. Desde então, o Irã aumentou o enriquecimento quase a níveis de nível militar enquanto acumulava um grande estoque, levando o órgão de vigilância nuclear da ONU a censurar Teerã no mês passado. Os esforços para renegociar um acordo sob o presidente dos EUA, Joe Biden, fracassaram em 2023, e observadores acreditam que Trump adotará uma postura ainda mais dura em relação ao Irã.

Wang disse a Araghchi que Pequim “apoia firmemente o lado iraniano na salvaguarda de seus direitos e interesses legítimos”.

A China é o maior parceiro comercial do Irã e um dos principais compradores de seu petróleo sancionado.

Algumas vozes influentes no Irã pediram nas últimas semanas que o país reconsiderasse sua política oficial de proibição da busca por armas nucleares em resposta à eleição de Trump e outros reveses, incluindo uma campanha militar israelense que dizimou o grupo terrorista Hezbollah no Líbano.

Nas últimas semanas, houve um aumento nos ataques dos Houthis do Iêmen, incluindo um míssil balístico disparado contra Israel no domingo de manhã, que as Forças de Defesa de Israel disseram ter sido abatido antes de atingir seu território. Os ataques, geralmente realizados no meio da noite, forçaram milhões de israelenses a se refugiarem em abrigos antiaéreos e, em alguns pontos, causaram danos extensos.

Com os contra-ataques israelenses contra os Houthis se mostrando amplamente ineficazes, alguns sugeriram atacar o Irã, que nega fornecer suprimentos aos Houthis, apesar das forças ocidentais interceptarem carregamentos de armas iranianas destinadas ao grupo insurgente linha-dura.

Entre aqueles que supostamente pressionam Israel a realizar um ataque direto contra o Irã está o chefe do Mossad, David Barnea, que recentemente teria dito a autoridades do governo que Israel precisa “ir para a cabeça [da cobra], pelo Irã — se apenas atingirmos os Houthis, não é certo que conseguiremos detê-los”.

Fonte: Times Of Israel.

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras;…” Mateus 24:6

05 de janeiro de 2025.

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