Conteúdo sensível: violência extrema.
Relatos terríveis estão surgindo do estado de Benue, no Norte da Nigéria, onde comunidades majoritariamente cristãs na área do governo local de Guma enfrentaram pelo menos seis ataques suspeitos de militantes fulanis entre os dias 8 e 14 de junho.
Os ataques, nos quais mulheres e crianças não foram poupadas, deixaram mais de 218 mortos. Entenda a onda de violência que afeta cristãos na Nigéria, o país mais violento contra cristãos, no artigo.
Segundo a Fundação para Justiça, Desenvolvimento e Paz da Diocese de Makurdi, o ataque mais grave, ocorrido em 13 de junho em Yelewata, foi precedido por várias investidas menores, porém brutais. Tudo começou em 8 de junho, na vila de Udei, distrito de Nyiev. Os agressores mataram dois agricultores a tiros e feriram Dabu Iorkohol Peter enquanto trabalhavam no campo.
Estado de Benue sitiado
Em 11 de junho, dois agressores mataram duas mulheres com facões enquanto elas trabalhavam perto da vila de Tse Ivokor, na comunidade de Unongu, Guma. No dia seguinte (12), Amos Uorayev, um deslocado interno e voluntário de proteção da Fundação para Justiça, Desenvolvimento e Paz, saiu com outros quatro jovens para recuperar corpos, mas foram emboscados e mortos por volta das 16h.
Na sexta-feira (13), outro grupo de busca, composto por um morador e três soldados, encontrou alguns militantes e foi morto. Mas isso foi apenas o início do banho de sangue daquele dia. Os agressores atacaram a comunidade de Akondutyough, em Makurdi, atirando indiscriminadamente nos moradores e matando com facões quem conseguiam alcançar. Cinco pessoas morreram e oito ficaram feridas.
Por volta das 22h, os extremistas invadiram o local da missão de Yelewata, onde 400 deslocados internos estavam abrigados. Ao encontrarem resistência militar, recuaram para o mercado central de Yelewata, onde mais deslocados estavam refugiados em depósitos de alimentos. Então, eles incendiaram os prédios e mataram os que tentavam fugir com armas de fogo e facões. O ataque deixou pelo menos 218 mortos e mais de seis mil deslocados.
Forçados a fugir na Nigéria
No último domingo, milhares de pessoas se reuniram nas ruas de Makurdi para protestar contra os assassinatos. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Ontem (17), o governador Hyacinth Alia, do estado de Benue, disse à Arise News que o estado está agora firmemente sitiado por “terroristas”. “Ultimamente, o que temos vivenciado é ainda mais chocante. Vai muito além do conflito entre agricultores e pastores. Estamos sendo atacados por terroristas.”
A Organização das Nações Unidas condenou os ataques recentes e pediu uma investigação abrangente sobre os incidentes. “A Portas Abertas se une à ONU ao pedir ação imediata e uma investigação completa. É totalmente inaceitável que esse padrão de ataques a vilarejos majoritariamente cristãos continue sem controle. Os cristãos no Cinturão Médio da Nigéria precisam saber que seu governo está disposto a fazer o necessário para garantir a segurança de todos os seus cidadãos, independentemente de sua etnia ou religião”, comenta Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas para a África Subsaariana.
O presidente está programado para se reunir hoje (18) com líderes locais em Benue. “A visita do presidente tem como objetivo avaliar de perto a crise recorrente que já tirou inúmeras vidas e causou destruição significativa”, afirmou seu porta-voz à imprensa.
Sua oração é essencial para os cristãos deslocados
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Pedidos de oração
- Ore pelo consolo de Deus sobre seu povo no estado de Benue, especialmente sobre as famílias enlutadas e traumatizadas pelos ataques recentes.
- Interceda para que os cristãos deslocados internos experimentem a provisão de Deus a cada dia.
- Clame pela transformação e pelo arrependimento dos agressores na Nigéria e pela convivência nas comunidades centrais dos conflitos.
- Ore para que os cristãos que estão perdendo a esperança diante da perseguição violenta sejam fortalecidos e que seu Espírito os ajude a se manterem firmes na verdade de que Jesus já venceu o mundo.
