O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou em 21 de junho de 2025 que Moscou estava preparada para usar armas nucleares táticas em resposta ao uso de uma “bomba suja” pela Ucrânia. As consequências de tal medida para o meio ambiente e a vida futura seriam catastróficas, mas as autoridades ucranianas devem estar “claramente cientes” dos riscos. A declaração aumenta as tensões na região e gera preocupações na comunidade internacional.
A Rússia considera o potencial uso de uma “bomba suja” – um dispositivo que combina explosivos convencionais com material radioativo – uma ameaça direta à sua segurança. Acusou a Ucrânia de se preparar para tal ação, embora não tenha apresentado provas concretas. Autoridades russas têm levantado repetidamente a questão, alegando que Kiev poderia recorrer à provocação com o apoio de seus aliados ocidentais. A Ucrânia nega categoricamente as acusações.
O contexto da declaração está relacionado às hostilidades em curso, incluindo os recentes ataques à infraestrutura energética da Ucrânia. Segundo a Reuters, forças russas atacaram a refinaria de petróleo de Kremenchug na noite de 21 de junho, causando um incêndio de grandes proporções. Essas ações, segundo analistas do The Washington Post, visam enfraquecer o potencial econômico da Ucrânia, o que aumenta a pressão sobre Kiev. Ao mesmo tempo, a Rússia enfrenta isolamento internacional: mesmo aliados como China e Índia, segundo o South China Morning Post, se abstêm de apoiar suas reivindicações territoriais, incluindo a anexação de quatro regiões ucranianas.