75
O Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, declarou que o conflito da República Islâmica com os Estados Unidos é “inerente” e que nenhuma cooperação entre os dois países poderá ser considerada até que os EUA cessem o apoio a Israel, removam suas bases militares regionais e parem de exercer influência na região.
Os comentários do autocrata iraniano foram feitos em uma série de postagens no X/Twitter na segunda-feira.
“ Os EUA às vezes dizem estar dispostos a cooperar com o Irã. Se eles pararem de apoiar o regime sionista, removerem as bases militares da área e cessarem a interferência na região, essas questões poderão ser revistas. Isso não é algo previsível agora, nem em um futuro próximo”, escreveu Khamenei.
“As embaixadas coletam informações sobre o país onde estão localizadas”, escreveu ele. “Não há nada de errado nisso. Mas, em 4 de novembro de 1979, nossos jovens tomaram a embaixada dos EUA e encontraram documentos que comprovavam que ela era um centro de conspiração para derrubar a Revolução Islâmica.”
Os dois países realizaram cinco rodadas de negociações nucleares antes da guerra de 12 dias entre o Irã e Israel em junho, na qual Washington se envolveu atacando importantes instalações nucleares iranianas.
As negociações entre os dois lados enfrentaram grandes obstáculos, como a questão do enriquecimento de urânio em solo iraniano, que as potências ocidentais querem reduzir a zero para minimizar qualquer risco de uso militar da arma, um plano que Teerã rejeitou.
Em uma publicação posterior, o aiatolá afirmou que a base do conflito do Irã com os Estados Unidos era mais fundamental do que uma “divergência tática”.
“É um conflito inerente”, afirmou Khamenei, “É um choque de interesses entre duas correntes: os EUA e a República Islâmica ”.
Khamenei justifica o cerco à embaixada dos EUA.
Em postagens separadas no X na segunda-feira, Khamenei escreveu sobre a tomada da embaixada americana em Teerã pelo Irã em 1979, acusando os americanos de estarem conspirando para derrubar a República Islâmica.
A tentativa fracassada de Trump de chegar a um acordo com o Irã.
Em outubro, Trump afirmou que os EUA estão preparados para fechar um acordo com o Irã quando Teerã estiver pronta para fazê-lo, dizendo: “A mão da amizade e da cooperação [com o Irã] está aberta”.
