No dia 16 de novembro, os cristãos Hossein Mohammadi (conhecido como Daniel) e Zahra Gholami (conhecida como Hannah) foram presos no Irã após uma disputa judicial. Daniel e Hannah estavam entre os diversos cristãos detidos durante uma operação policial em uma reunião de planejamento das celebrações do Natal em 2023.
Celulares foram confiscados e 25 cristãos foram interrogados. Durante a primeira etapa das investigações, Daniel, Hannah e outro cristão, chamado Sirous Khosravi, foram presos e suas casas foram alvo de buscas. Sirous foi detido por questionar as autoridades e liberado em janeiro de 2024. Ele é pai de gêmeos que estavam, na época, esperando por um transplante de rim.
Hannah, Daniel e dois outros cristãos foram soltos mediante pagamento de fiança após 42 dias sob custódia. Pouco tempo depois, uma acusação foi feita aos cristãos na Justiça, alegando que eles estariam “formando ou se associando a um grupo para ameaçar a segurança nacional”.
O julgamento aconteceu em julho de 2024. A corte considerou Daniel, Hannah e Teymur Hosseini, um refugiado afegão, culpados. Os três receberam sentenças de dois anos de prisão. A defesa entrou com um recurso, sem sucesso. Hannah e Daniel acabaram de se apresentar à Justiça para cumprir suas penas.
Esse caso mostra um padrão preocupante no Irã: grandes operações policiais feitas em reuniões cristãs durante os feriados religiosos, apreensão em massa de celulares, interrogatórios e buscas sob o pretexto de garantir a segurança nacional. Além das pessoas mencionadas, essas ações também afetam suas famílias e as igrejas domésticas iranianas, que se sentem cada vez mais pressionadas.
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