A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (10) uma resolução que abre caminho para que a Palestina se torne membro das Nações Unidas e concede “novos direitos e privilégios” aos palestinos.
O texto pede que o Conselho de Segurança da ONU aprove que a Palestina se torne o 194º membro das Nações Unidas.
A resolução foi aprovada por 143 votos a favor, nove contra e 25 abstenções. O Brasil votou a favor da resolução. Argentina, Israel, Estados Unidos, República Tcheca, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau, Papua-Nova Guiné deram votos contrários à medida.
Caso o Conselho de Segurança concorde com o pedido, a Palestina entraria na ONU como um “Estado observador”, sem direito a voto.
Ainda assim, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse que a medida é um grande passo para o reconhecimento da Palestina como um membro pleno da ONU.
Já Israel criticou a aprovação, que chamou de um “prêmio para o Hamas“.
Discordante da aprovação da resolução, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, triturou uma versão de bolso da Carta da ONU no púlpito da assembleia.
Em abril, os EUA, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e, portanto, com poder de veto, barraram uma resolução que previa a aprovação da adesão plena da Palestina às Nações Unidas.
Nesta sexta, ao explicar o voto contrário dos Estados Unidos, o embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, disse que os EUA seguem favoráveis à criação de um estado palestino — algo que o presidente do país, Joe Biden, tem defendido constantemente.
“Temos deixado muito claro que o apoiamos e procuramos avançá-lo de forma significativa. Em vez disso, é um reconhecimento de que a criação de um Estado resultará de um processo que envolve negociações diretas entre as partes”, declarou.
No entanto, Wood alegou ter votado contra porque a candidatura da Palestina ainda tem de ser negociada de uma melhor forma.
A resolução aprovada nesta sexta determina que a Palestina está qualificado para adesão como membro e recomenda que o Conselho de Segurança da ONU seja favorável a essa inclusão.
Também determina “direitos e privilégios em pé de igualdade com os Estados-membros”.
Fonte: G1.