Conforme relatado nesta sexta-feira pela agência britânica Reuters, citando uma fonte sob condição de anonimato, o presidente dos EUA Joe Biden e o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga realizarão uma reunião na qual buscam convergir uma frente unida de apoio aberto a Taiwan.
Na verdade, Biden e Suga devem concordar com uma declaração conjunta na ilha taiwanesa na primeira reunião cara a cara entre Biden e um líder estrangeiro, disse a fonte.
À questão de Taiwan, acrescentou, vários problemas se somam, como a situação nas regiões de Xinjiang e Hong Kong, além de considerar um investimento japonês de 2 bilhões de dólares em tecnologia 5G para enfrentar o colossal chinês Huawei.
A última vez que os líderes americanos e japoneses se referiram a Taiwan em uma declaração conjunta foi em 1969, antes de Tóquio normalizar seus laços com Pequim, quando o então primeiro-ministro japonês disse que manter a paz e a segurança na “área de Taiwan” era importante para a próprio segurança do país.
Washington tenta intensificar a cooperação com seus parceiros, fortalecendo a aliança político-militar contra o gigante asiático, chamada de fórum Quadrilateral Security Dialogue, também conhecido como Quad, por sua sigla em inglês, composta por Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia, que visa contrabalançar a China nos oceanos Pacífico e Índico.
No início deste mês, os Estados Unidos instaram a Coreia do Sul a aderir ao Quad Dialogue, mas receberam um retumbante não em sua iniciativa de boicotar a China.
Pequim, por sua vez, considera essa aliança uma “pequena OTAN”, destinada a retardar seu desenvolvimento e acusa os Estados Unidos de desestabilizar a região Ásia-Pacífico, criando tensões entre os países da região.
Da mesma forma, ele denunciou repetidamente a reaproximação do Japão com os EUA e a descreveu como um contrapeso fraco para uma “China em ascensão”.