A História mudou radicalmente no ano de 1967. Uma das profecias mais conhecidas relacionadas com a Cidade santa de Jerusalém cumprir-se-ia no dia 7 de Junho desse ano, quando os heroicos paraquedistas das Forças de Defesa de Israel libertaram a Cidade velha das mãos dos invasores jordanos, após 19 anos de ocupação da parte oriental da Cidade, da Judeia e Samaria (politicamente denominadas “Margem Ocidental”).
A emoção sentida por aqueles jovens militares foi indescritível. Conseguir chegar junto ao Muro, cujo acesso lhes era interdito há 2 mil anos, subir ao Monte do Templo, ver de perto os locais mais sagrados ao judaísmo e que os seus avós tanto sonharam ver, ultrapassa tudo o que se pode expressar por palavras.
E não é para admirar: a profecia do Messias Jesus relatada em Lucas 21.24 estava-se cumprindo naquele mesma dia: “…Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” Isso quer dizer que depois da expulsão dos judeus da Cidade no ano 70 d.C., os judeus seriam dispersos pelo mundo fora, mas voltariam um dia, e reconquistariam a sua Cidade, passando a dominá-la e a fazer dela o centro das suas atenções e do seu governo nacional.
Ao chegarem junto do Muro e tocarem nas suas pedras milenares, os soldados israelitas recitaram a bênção: “Bendito és Tu, Senhor Deus, Rei do Universo, que nos tens sustentado e guardado e nos trouxeste a este dia.” Junto deles, encontrava-se o famoso rabi Shlomo Goren, que pronunciou a bênção: “Bendito és Tu, que confortas a Sião e edificas Jerusalém.” Os soldados cantaram então o “Hatikva” junto ao Muro. Após uma oração pelos soldados caídos naquela guerra, e com os presentes a chorar pelos seus camaradas, o rabi Goren fez soar o shofar, afirmando de seguida: “Este ano numa Jerusalém reconstruída! Na antiga Jerusalém!”
Jerusalém estava libertada ao fim de 2 mil anos! Voltava às mãos do povo judeu! Foi um momento de festa para os judeus de todo o mundo. Para muitos, tratava-se de um presente de Deus.
E o Monte do Templo voltaria também às mãos dos judeus: “O Monte do Templo está nas nossas mãos! Repito: o Monte do Templo está nas nossas mãos!” – ouviu-se. Mais tarde, o general Moshe Dayan, num gesto ainda hoje contestado, decidiu entregar a administração do Monte aos jordanos muçulmanos, de forma a não iniciar um alegado conflito mundial…
Passaram-se 54 anos. Jerusalém é hoje uma cidade muito diferente, pujante, alegre e unificada. Sabe-se que o epicentro do conflito final terá novamente o seu foco na Cidade, e as últimas semanas são a prova de que os tempos finais se aproximam.
Mas, quando num futuro próximo Jerusalém for cercada pelos exércitos, e estiver quase perdida, será o próprio Messias a intervir, vindo com os Seus exércitos desde os Céus para derrotar os inimigos, libertar a Cidade e salvar o Seu povo!