O mais que inevitável confronto entre o estado de Israel e o Irã dar-se-á em território libanês, onde o grupo terrorista islâmico Hezbollah, apoiado e financiado pelo regime iraniano se instalou, especialmente na região do Sul fronteiriça com Israel.
Nestes últimos anos, Israel tem estado a atacar e a bombardear comboios com carregamentos de armas e munições que atravessam o território sírio rumo ao Líbano. Esses arsenais vêm do Irã, através do Iraque e são enviados para o Líbano, que continua a fazer vista grossa à cada vez mais agressiva presença do Hezbollah, que já é considerado pelos peritos como um autêntico exército sofisticado e fortemente equipado para atacar Israel. Esses ataques da aviação israelita em território sírio têm-se vindo a intensificar nas últimas semanas, uma vez que a ameaça iraniana é uma constante e tem de ser combatida a todo o custo, tanto mais que, segundo os serviços das Forças de Defesa de Israel, o Irã está a dois anos de construir a bomba nuclear.
O Irã é a grande ameaça regional. Com a nova administração norte-americana de Joe Biden, o Irã poderá ver o falso acordo nuclear reanimado pelos norte-americanos, terminando dessa forma com as dolorosas sanções económicas impostas ao Irã pela administração do ex-presidente Trump. O Irã não está interessado num confrontado direto com o estado de Israel, mas usa os seus aliados fantoches alojados nas fronteiras com Israel – o Hezbollah no Norte, e o Hamas no Sul – para massacrar e ameaçar as populações israelitas com o constante disparo de foguetes e outros engenhos explosivos.
A última guerra com o Hezbollah foi em 2006, com grandes prejuízos para Israel, mas constituindo uma grande derrota para o grupo terrorista. Volvidos 15 anos, o Hezbollah está muito mais bem equipado e treinado, pelo que a questão não é saber se vai mesmo haver uma guerra com Israel, mas quando.
Recentes exercícios militares israelitas de grande envergadura tiveram lugar na Alta Galiléia e na fronteira com o Líbano, constituindo não só um sério aviso aos inimigos, mas também demonstrando uma imbatível capacitação e resolução das Forças de Defesa de Israel. A praticamente cada hora, sofisticados drones israelitas percorrem os céus do Líbano, mapeando e registando ao pormenor todos os locais de armazenamento de armas e mísseis do Hezbollah e os centros de comando militar desses verdadeiros vermes. E Israel tem já registados milhares desses locais, pelo que uma provável incursão israelita será verdadeiramente arrasadora. Neste momento Israel já deslocou artilharia e forças especiais para junto da fronteira, para além de postos de observação para evitar qualquer infiltração terrorista.
Os receios concentram-se agora na sofisticação dos meios usados por Israel, temendo-se que um simples erro provocado por um robô possa provocar um rastilho que dê origem a um grande conflito.
Como já disse antes, a questão não é se vai haver um conflito, mas quando. E esse quando parece estar mais próximo do que muitos imaginam…